Amoroso já contava com um «jogo difícil», para o qual preparara outro desfecho. Na verdade, ser expulso, já depois de ter trocado um diálogo aceso com a bancada, que, em coro, o convidava a seguir maus caminhos, não estava nos seus planos. Nem sequer a derrota, que atribuiu ao árbitro norueguês. 

«O árbitro preferiu expulsar-me, em vez de marcar um penalty cometido sobre o Herrlich ou assinalar uma falta sobre mim, que já só tinha o guarda-redes na frente», disse, em tom acusador, o avançado do Borússia, conhecido pelo irreverência que não negou ao tentar justificar a sua expulsão, depois de uma entrada sobre Serginho: «Quando estamos a perder ficamos de cabeça quente». 

Frechaut, o outro intérprete de um dos lances que justificou o lamento de Amoroso, apresenta uma opinião substancialmente diferente. Talvez não muito convicta, mas diferente. «Não foi falta», disse, ainda que preferindo comentar o instante depois de conferir as imagens televisivas. «Gostava de ver na televisão, mas foi falta», insistiu. 

Da outra partida, que disputou com o público, Amoroso está seguro de ter conseguido, pelo menos, o empate, entre os impropérios que ouviu e a oportunidade que teve de exibir as costas da camisola, depois de marcar: «Respondi com um golo. Ficou igual». Mas o cartão nega-lhe a hipótese de vingança ou redenção em Dortmund.