Perto de completar 35 anos, o central Gaspar leva 16 de carreira ao mais alto nível. O jogador do Rio Ave é por isso dos mais experientes do futebol português, num trajecto cheio de momentos mais marcantes.
Qual foi o momento mais marcante da sua carreira?
Tenho que falar de representar Portugal pela Selecção Sub-21. Sem dúvida que foi um dos momentos mais fortes, porque foi uma emoção muito grande. Depois tenho de falar de ter sido campeão pelo F.C. Porto e ter vencido a Taça de Portugal. São momentos que nunca poderei esquecer.
Como foi ser titular no Santiago Bernabéu, frente ao Real Madrid, na Liga dos Campeões [derrota por 0-4]?
Foi o começo da minha carreira de titular no F.C. Porto. Não haja dúvidas que jogar no Santiago Bernabéu é sempre marcante, sobretudo porque estavam lá 90 mil adeptos. Era a Liga dos Campeões e é um dos momentos que vai ficar para sempre marcado na minha carreira.
No Ajaccio (França) viveu a única experiência no estrangeiro. Como foi?
Foi uma experiência boa, sem dúvidas. Pena apenas ter sido tão tarde. Tinha 29 anos, quase a fazer 30, e já tinha dois filhos. Acho que sair para o estrangeiro deve fazer-se quando se é solteiro ou quando se está casado há pouco tempo. Tive que deixar os meus filhos e a minha família para trás foi muito difícil. Tanto assim que fizemos a melhor classificação de sempre no Ajaccio e mal acabou o último jogo dirigi-me à direcção e disse que não ficava lá nem mais um dia. Tinha que voltar para casa.
E futebolisticamente como foi essa experiência?
Foi óptima. O futebol é diferente, mais físico, mas ter uma assistência de 29 mil ou 30 mil pessoas em todos os jogos, é algo que faz bem ao ego. Há bocado disse que estar 90 mil ou 500 mil era a mesma coisa, mas estar 500 ou 20 mil pessoas, aí já não é a mesma coisa.
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