Franco vive dias difíceis na Coreia do Sul. «A experiência não me tem corrido bem e não tenho jogado. A adaptação também não foi a melhor», resume ao Maisfutebol o ex-central do Rio Ave, agora ao serviço do FC Seul. «Não sou opção do treinador. Joguei na Taça, mas saí da equipa depois de cumprir um castigo de castigo por ter visto três cartões amarelos. Depois nunca mais joguei», exprime o colega de Ricardo Nascimento que tem sido apontado como reforço de algumas equipas portuguesas nomeadamente do Boavista.
Em função do que está a acontecer, Franco abre horizontes em relação ao futuro. «Na semana passada tive a possibilidade de ir jogar para a Grécia, mas pelo medo de adaptação a outro país. Prefiro ficar aqui. Surgiu o interesse de dois clubes portugueses, mas não passou disso mesmo», confessa sem revelar nomes das equipas nacionais por questões éticas e sublinhando a «inexistências de contactos» com os axadrezados, mas deixa a entender que está dentro dos seus horizontes o regresso a Portugal: «Se houver a possibilidade de voltar ao meu país, volto».
E vestir a camisola do clube do Bessa até podia ser uma boa solução: «O Boavista é um clube onde gostava de jogar, ainda para mais porque tem um treinador que me conhece». Na Coreia do Sul, Franco sentiu o choque de uma cultura futebolística «muito diferente» da europeia. «Por exemplo, na nossa equipa o Ricardo Nascimento é o único que pode atacar, os outros jogadores só defendem. Imagine o que são vinte jogadores concentrados no meio-campo¿» Nos treinos as dificuldades também tem sido acrescidas: «Só podemos dar um ou dois toques na bola, depois temos de a mandar para a frente».
Mas o ex-defesa-central do Rio Ave não baixa os braços. «Trabalho sempre para melhorar, apesar de não ser opção do treinador. Mas é muito complicado.» No dia-a-dia os problemas intensificam-se à medida de uma cidade causticada por um ritmo infernal, «onde só se vêem carros e motas de um lado para o outro e só se ouvem buzinas» em todos os instantes. «Aqui eles dizem pali-pali, que é rápido, rápido. É tudo muito, muito rápido. Na alimentação não consigo comer nada do que eles comem». A solução passa pelos cozinhados da esposa. «Eles comem coisas muito picantes à base de sopas e raízes. O arroz não tem nada a ver com o nosso», explica Franco. «Compramos carne e peixe e aqui comprar três ou quatro peixes, como faço, é uma raridade, porque eles só compram meio peixe e cozinhamos à nossa maneira». Por isso, Franco pondera regressar a Portugal¿