No sangue ainda correm genes de guarda-redes. É um facto. Mourinho Félix, pai do treinador do Real Madrid, defendeu a baliza do V. Setúbal e do Belenenses e chegou mesmo a ser internacional. Os caminhos do filho haveriam de ser diferentes, mas, agora, a tradição da família Mourinho pode prosseguir. Ou, no caso, iniciar-se.

José, o filho mais novo de José Mourinho, calçou pela primeira vez as luvas do Canillas, clube dos arredores de Madrid, com protocolo de formação com o Real. Num jogo que a sua equipa goleou por 9-0, José Jr. entrou apenas na segunda parte, rendendo Theo Zidane, filho do ex-internacional francês, também ele guarda-redes e outra das estrelas da equipa.

Os primeiros 45 minutos da carreira do pequeno José acabaram por ser imaculados. Nenhum golo sofrido e três intervenções dignas de registo. Em Espanha diz-se que foram «paradones»...

José Jr. partilha o balneário com outros nomes ilustres da bola. Ou melhor, malta jovem com um apelido famoso. Para além de competir com Theo Zidane pela titularidade na baliza, tem em Ronald, filho de Ronaldo «Fenómeno», um artilheiro pronto a facturar. Uma espécie de «mini-galácticos», portanto...

O pai nunca atingiu o sucesso como jogador, mas de prancheta na mão tocou o estrelato. Ainda na categoria sub-15, José Jr. já começa a dar nas vistas, quanto mais não seja pelo apelido. Se os genes do avô lá estiverem nos dotes para a baliza e os do pai na inteligência e gestão do jogo, será que vamos ter, em meia dúzia de anos, um novo Mourinho a brilhar no futebol?