Os anos vão passando mas Luís Figo continua fiel a uma posição, no que diz respeito a naturalizações. O ex-jogador é contra, como já tinha assumido quando essa situação envolveu a seleção portuguesa.

«Não mudo de opinião sobre isso. Eu venho da formação e estou a favor desta, digam o que disserem as leis e o mundo globalizado. Mas não tenho nada contra aqueles que jogam por Portugal e não são portugueses. Se me perguntarem a mim, diria que não estou a favor por que tira um lugar a um jovem da formação», disse Figo à «Radio Marca».

A propósito do «playoff» de apuramento para o Mundial, entre Portugal e Suécia, o antigo capitão da equipa das quinas disse que «será preciso sofrer», depois de falhada a qualificação direta. «A Suécia não será um rival fácil», constatou.

Figo falou também da recente polémica protagonizada por Blatter, a propósito das declarações sobre Ronaldo. «Uma pessoa com o cargo que ele tem não pode fazer essas declarações, embora se tenha dramatizado muito. Não era para tanto. Em qualquer caso, devia ter sido mais prudente», comentou.

Ainda em relação a Ronaldo, Figo defendeu que o Real Madrid não pode depender tanto do compatriota, por incríveis que sejam os seus números. «O rendimento é sempre altíssimo. É um jogador impressionante, que quer melhorar, um grande profissional, que marca a diferença pela qualidade que tem. Mas o Real não pode depender apenas de um jogador, apesar dos números que tem. Isso seria muito mau. Haverá momentos da época em que o Cristiano não vai decidir, e terá de ser a equipa a conseguir isso», analisou.

Questionado sobre a situação de Casillas, relegado a suplente, Figo defendeu que «é preciso respeitar aquilo que as pessoas fizeram e tratá-las da melhor maneira possível».

Nesta entrevista à «Rádio Marca» o antigo jogador português afirmou ainda que «algumas decisões são técnicas e outras não», defendendo que foi Florentino Pérez que o atirou para o banco. «Não tenho dúvidas disso, mas é passado. Já disse o que pensava. Fui embora tranquilamente, à procura da minha felicidade, e agora voltei a Madrid novamente. Tudo tem um início e um fim, e viramos a página e procuramos a felicidade noutro lado», recordou.