O sindicato mundial de jogadores de futebol (FIFPro) reivindicou nesta terça-feira que os atletas passem a ter, pelo menos, três dias de descanso entre cada partida, uma normativa que, entre os principais campeonatos do mundo, só é praticada em Portugal.

«Verheijen demonstrou de forma convincente que um período de recuperação de dois dias é insuficiente, e que as oportunidades de obter bons resultados no segundo jogo são consideravelmente reduzidas. Um período de três dias, no entanto, parece ser suficiente pois não cria nenhuma mudança significativa no rendimento da segunda partida», escreve o organismo, em comunicado.

O sindicato expressou assim total apoio ao estudo realizado pelo treinador e fisiologista holandês Raymond Verheijen, que faz uma recomendação à UEFA e à FIFA para que levem em linha de conta os resultados (baseados em 27 mil jogos de alto nível em diferentes campeonatos) no momento de planear o calendário e o tempo de descanso.

Assim, e tomando como exemplo o nosso país, uma equipa que disputa um jogo da Liga Europa a uma quinta-feira pode adiar o encontro do campeonato para a segunda-feira seguinte. De acordo com a FIFPro, «os resultados de um estudo baseado em 27 mil partidas não podem ser ignorados». «É preciso levar em conta a igualdade de oportunidades para todas as equipas e a proteção do estado físico dos jogadores.»