A FIFA anunciou esta sexta-feira que ampliará as medidas que visam salvaguardar os direitos e bem-estar de jogadoras e treinadoras durante o período de maternidade.

«As mudanças abrangem os pais adotivos, assim como as mães não biológicas. Estas medidas reconhecem também as dimensões físicas, psicológicas e sociais que poderão impossibilitar [as jogadoras e atletas] de se apresentarem ao trabalho por menstruação intensa, ou por complicações na gravidez», lê-se no comunicado publicado esta sexta-feira.

Para a diretora-executiva do futebol feminino na FIFA, Dame Sarai Bareman, estes direitos valorizam as protagonistas do jogo.

«Estas medidas reconhecem que as mulheres têm composições biológicas diferentes. Quando se trabalha no desporto, num contexto profissional, devemos ter em consideração que o ciclo menstrual poderá impactar a capacidade das profissionais», reiterou.

Além das mudanças acima descritas, a FIFA garante 14 semanas de licença de maternidade e, no mínimo, oito semanas de licença aquando da adoção de uma criança com menos de dois anos.

Por fim, a FIFA pretende manter o contacto das atletas e treinadoras com as famílias durante competições de longa duração, como o Mundial.

«Estará, potencialmente, longe da família por cinco ou seis semanas, o que poderá impactar a mãe e a criança. Portanto, encorajamos as federações a tomarem medidas para existir proximidade ideal», rematou Dame Sarai Bareman.

Estas medidas – aprovadas a 15 de maio – estão inseridas no plano de objetivos da FIFA para o período entre 2023 e 2027. Por isso, a partir de 1 de junho, já este sábado, estes direitos serão inscritos nos Regulamentos sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores.