Fernando Santos apareceu de bom humor na conferência de imprensa de antevisão ao jogo da Grécia com a Polónia, esta sexta-feira, na abertura do Euro-2012. «Tenho 57 anos, se estiver a stressar alguma coisa não estava bem», disse o selecionador, antes de rejeitar a ideia de que a sua equipa estaria com medo de enfrentar já o país organizador. «Temos um ditado que diz que quem tem medo deve comprar um cão. Eu tenho dois cães em casa, por isso está tudo bem.»
Giorgios Karagounis, antigo jogador do Benfica, reagiu à ideia lançada pelo capitão polaco, Kuba, de que o embate seria uma pequena final . «É um torneio com poucos jogos, por isso todos os jogos são finais. Esta é a abertura do campeonato, não é uma final menor, é uma verdadeira final. Não há erros que se possam admitir», disse, antes de sublinhar que gostaria que o resultado fosse semelhante a 2004, quando bateram Portugal no Dragão: «Temos orgulho de estar aqui. É sempre difícil defrontar o país organizador. A pressão vai estar do lado do nosso rival porque joga em casa, mas honestamente preferia ter aqui 70 mil gregos a apoiar-me. Será um jogo muito difícil, um jogo fora de casa para nós, tal como foi há oito anos. Pode ser que corra da mesma forma e saiamos vitoriosos de campo.»
Também o guarda-redes Nikos Liberopoulos falou aos jornalistas, e disse não quer que a sua equipa seja vista como a seleção dos coitadinhos, apesar da crise económica e financeira que atravessa o país: «Quando temos uma seleção que esteve nas últimas três fases finais e ganhou uma delas não acredito que precisem de ter pena de nós. Mas se tiverem será bom para nós. Veremos quem ganhará no final», atirou. Já Karagounis foi mais tranquilo: «Estamos aqui a 100 por cento para gozar a nossa participação e dar uma alegria ao povo grego. Não estamos interessados no que dizem as outras pessoas.»
Liberopoulos disse-se ainda «abençoado» por participar no Euro aos 37 anos, antes da sua despedida dos relvados: «Sinto-me abençoado por estar aqui e por fazer parte desta equipa nesta competição. Penso que esta mistura de jogadores jovens e mais experientes é a ideal para qualquer seleção.»