A brilhar com a camisola do Vasco da Gama, no regresso ao Brasil, Fellipe Bastos não esquece o Benfica e Portugal. O médio diz ter aprendido muito no clube ao qual ainda está contratualmente ligado, mesmo sem jogar muito, e fala numa ligação especial ao nosso país.

«Eu tenho qualquer coisa com Portugal. Fui contratado por um clube do país e emprestado depois a outro. Quando estive na Suíça, ao serviço do Servette, tive um treinador português. Agora vim para um clube com raízes portugueses e com a grandeza do Vasco. A minha esposa é descendente de portugueses. Só tenho razões para adorar os portugueses», disse o jovem jogador, citado pela «Globoesportes».

Fellipe diz que o povo português «não é muito acolhedor mas é bastante carinhoso». Guarda saudades do bacalhau e dos pastéis de Belém, mas não tanto do fado. «É muita gritaria», confessa.

O Benfica «foi uma experiência muito boa». Assim mesmo, no passado, como se não acreditasse no regresso. «Posso falar do Luisão e do David Luiz, pessoas que me ajudaram muito. Não só os brasileiros. Também o Rui Costa, o Saviola e o Aimar. Todos me ajudaram muito, passaram-me a experiência que têm.»

Já a passagem pelo Belenenses não foi tão produtiva, ainda que tenha servido para aprender algumas lições: «Teve coisas boas e más. Tinha um treinador português (ndr. João Carlos Pereira) que não gostava muito de apostar em brasileiros, embora tivesse pedido a sua contratação. Mas é preciso encontrar pedras no caminho para aprender. A vida não é feita apenas de vitórias.»

Com os olhos postos nos Jogos Olímpicos e no Mundial 2014, Fellipe Bastos procura conquistar notoriedade no seu país. «Tinha duas metas: uma era jogar no Vasco e a outra é chegar à Selecção», assume. «Tive esta oportunidade de jogar no Vasco, que é uma montra maravilhosa. Encontrei a confiança de todos aqui. A comunicação social não me conhecia bem e desconfiava um pouco.»