Aníbal de Olivera, presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), classificou, esta quarta-feira, como «perseguição» o castigo de dez jogos aplicado ao ponta-de-lança do Liverpool, Luis Suárez, por conduta violenta.

«Creio que a sanção é uma demonstração da perseguição que o Suárez está a sofrer no futebol inglês», salientou Aníbal de Olivera.

O dirigente uruguaio concorda que a atitude do jogador é reprovável, e merece «sem dúvida» ser sancionada, no entanto, Olivera considerou que a pena de dez jogos «é três vezes mais do que o esperado nestes casos pela própria Federação Inglesa (FA)».

Suárez, segundo melhor marcador da Liga Inglesa, tem protagonizado vários episódios polémicos, sendo que esta punição diz respeito ao encontro do passado domingo, frente ao Chelsea (2-2), em que o avançado uruguaio acabou por morder Branislav Ivanovic, jogador da equipa adversária.

Embora o castigo diga respeito apenas ao futebol inglês, o presidente da AUF afirma que a atitude de Suárez afeta «indiretamente» o futebol uruguaio, em particular a seleção nacional. «Afeta-nos porque o Suárez é uma das principais figuras da seleção, o seu melhor marcador e um ídolo nacional», sublinhou.

Olivera tem esperanças de que esta sanção por parte da FA não se repercuta no inquérito instaurado pela comissão disciplinar da FIFA, fruto do incidente entre o atacante uruguaio e o defesa chileno Gonzalo Jara, no decorrer do jogo de qualificação para o Mundial2014.

Mario Rebollo, selecionador do Uruguai, adianta que o mais importante, neste momento, é «ajudar» o jogador. «Sabemos que o castigo da FA o preocupa porque são situações que ele não domina», frisou.

O Uruguai, atual detentor da Copa América, está com uma qualificação complicada para o Mundial do Brasil, fruto das fracas exibições, ocupando o 6º lugar do seu grupo, com 13 pontos.