Não está Abdoulaye, não está Alex Sandro. Eliaquim Mangala faz de lateral esquerdo, Diego Reyes entra para o centro da defesa.

Se nada de inesperado ocorrer no San Paolo, o internacional mexicano fará o batismo a titular em jogos da UEFA frente ao Nápoles.

Está preparado?

Se a avaliação recair exclusivamente sobre os minutos de competição na equipa principal, a resposta tenderia a aproximar-se do lado negativo. Diego Reyes tem quatro presenças oficiais no FC Porto: três na Taça de Portugal e uma na Liga Europa (um minuto em Frankfurt).

FC Porto com Diego Reyes na defesa:



Os valores envolvidos no processo de contratação de Reyes ao América (nove milhões, sete ao América e dois em «encargos adicionais) não terão ajudado o atleta numa fase inicial.

A quantia pressupunha uma integração rápidas nas escolhas de Paulo Fonseca, mas Reyes chegou completamente desadaptado e desenquadrado da realidade que o esperava.

«Reyes tem o que os outros não têm: não treme com a bola nos pés»

Quarto na hierarquia dos defesas centrais, o mexicano teve na equipa B o seu espaço de referência para crescer, ganhar músculo (pesa mais seis quilos nesta altura) e agressividade. Tem 22 jogos e três golos (Sporting B, Marítimo B e Leixões) em 1621 minutos de utilização.

Luís Castro conhece-o bem. Quase tão bem como Miguel Herrera, ex-treinador de Reyes no América e atual selecionador nacional do México.

«Vou ver o jogo com atenção. O Diego é muito forte mentalmente, é um menino maduro. É um defesa técnico, inteligente e sabe sair a jogar», diz o treinador ao Maisfutebol, a partir da Cidade do México.

Miguel Herrera prevê, de resto, que este seja «o jogo de afirmação definitiva» de Diego Reyes no FC Porto.

«JÁ ANULOU NEYMAR COM CLASSE»


«Pode brilhar no futebol europeu porque tem o que os outros centrais não têm: sabe ter a bola nos pés, não treme», defende o selecionador do México ao nosso jornal.

E nem a falta de minutos ao mais alto nível faz Herrera mudar de opinião. «Ele baixou para a equipa B, o que não é fácil para um internacional, e cumpriu sempre. Isso demonstra a determinação do Diego. Já merece ser feliz em Portugal».

Na remota e inverosímil possibilidade de Luís Castro não confiar em Diego Reyes para Nápoles, o FC Porto teria, possivelmente, Danilo no lado esquerdo da defesa e o jovem Ricardo como defesa direito.

Este é o cenário menos provável e ainda mais inovador do que a entrada direita de Diego Reyes e passagem de Mangala para a esquerda: