Pinto da Costa concedeu neste sábado uma longa entrevista ao Porto Canal,  na véspera da celebração do 121º aniversário por parte do clube e do 1º aniversário do Museu do FC Porto. Entre vários temas de conversa, destaque para o tema Julen Lopetegui.

«Fui buscar Lopetegui para haver uma mudança radical, pois a postura dos treinadores anteriores não transmitia empatia com os adeptos», salientou o presidente azul e branco, dizendo que tanto Vítor Pereira como Paulo Fonseca acharam que os sócios do FC Porto não estavam com eles.

O dirigente máximo do FC Porto explicou que foi Julen Lopetegui a escolher o plantel, embora tenha admitido pelo menos dois nomes que o clube não conseguiu garantir: Jordi Clasie e «um médio do Málaga». «Alguns não foram possíveis de concretizar, com muita pena minha.»

Por outro lado, vários jogadores saíram do clube neste mercado de transferências. Silvestre Varela foi um dos processos mais mediáticos, já que o jogador regressou do Mundial e não foi integrado no plantel.

Segundo Pinto da Costa, Julen Lopetegui contava com Varela mas este garantiu ao treinador do FC Porto que pretendia sair e ganhar mais dinheiro. Como tal, o espanhol decidiu de imediato abdicar do extremo.

«Entendi que seria melhor deixar sair jogadores que não estavam com a cabeça e coração aqui», salientou o presidente dos dragões, a dada altura. Quanto a Ricardo Quaresma, disse tratar-se apenas de «um caso dos jornais.»

O FC Porto vem de um empate no clássico de Alvalade – o terceiro consecutivo da Liga – e Jorge Nuno Pinto da Costa considera que o resultado acaba por ser justo. «Tenho de aceitar, foi o que foi. Cada um marcou um golo, e ambos resultados de erros. Ambos tiveram oportunidades.»

O presidente azul e branco mostrou-se satisfeito por ter sido recebido no estádio do Sporting «de maneira cordial». Durante a entrevista, o dirigente garantiu que um investidor russo tentou adquirir o FC Porto mas que a hipótese foi imediatamente afastada pelos dragões.

Por fim, Pinto da Costa falou sobre a escolha de Fernando Santos como novo selecionador nacional: «Fiquei muito contente, é um amigo e um homem íntegro como poucos. Era um sonho dele, ainda há dias vi uma entrevista dele em 2001 a falar disso.»

«Neste momento é a solução certa e sei que a partir de agora haverá um projeto para a seleção. Até hoje não houve projeto, era o dia a dia e que Cristiano Ronaldo resolvesse», concluiu o presidente do FC Porto.