Depois de um início de temporada aquém, o Bayer Leverkusen despediu Gerardo Seoane. Xabi Alonso foi o escolhido para o cargo e logo na estreia, conseguiu o melhor resultado dos farmacêuticos na temporada: goleada por 4-0 contra o Schalke 04.

Afinal, o que mudou na equipa germânica? Na antevisão ao jogo desta quarta-feira, da quarta jornada do grupo B da Liga dos Campeões, Sérgio Conceição defendeu que o técnico espanhol não mudou «grandes coisas».

«Não acredito que em três dias se mude muita coisa. Há algumas nuances até porque analisámos o jogo com o Schalke 04 e notámos situações diferentes com e sem bola. Mas a mudança é mais na vertente emocional. A chegada do novo treinador coincidiu com a vitória mais expressiva», começou por dizer, em conferência de imprensa.

«Esse momento de euforia, associada à qualidade individual que destaquei antes do jogo no Dragão... conheço o campeonato, a competitividade da prova e a qualidade, não só individual, mas coletiva das equipas que semanalmente se defrontam. Isso eleva o nível das equipas e torna o jogo de amanhã muito difícil. Mas estamos com muita esperança», reforçou.

O técnico dos campeões nacionais recordou ainda a inexperiência da maioria dos jogadores da sua equipa na Champions.

«Estava a perguntar ao Eustáquio antes de chegarmos... ele tem três jogos na Liga dos Campeões. Muitas dos jogadores têm o mesmo número de jogos ou menos. Poucos têm mais. Temos 3 jogadores que têm acima de 16 jogos na Champions. Mas é com essa vontade de mostrar qualidade que vamos a jogo. Há jogadores com trajetos diferentes, alguns são da equipa B, outros vieram de escalões inferiores e outros de equipas não tão mediáticas da nossa Liga e que não estão habituadas a estar na Liga dos Campeões. Vamos lutar até à exaustão para uma vez mais respeitarmos o peso e a história do FC Porto», garantiu. 

Conceição foi, no decorrer da conversa com os jornalistas, convidado a aprofundar a explicação sobre as mudanças no Leverkusen depois da chegada de Alonso.

«Há uma ou outra nuance sem bola que apresentaram no jogo contra o Schalke. Com bola sabemos do poderio dos três centrais. Os laterais projetam-se muito na frente e os dois médios dão consistência e fazem a ligação entre a defesa e o ataque. Os homens da frente atacam todos a profundidade de forma fantástica. O Schick teve comportamentos diferentes em comparação com o jogo do Dragão. Mas temos de olhar principalmente para nós. Isso é o mais importante», referiu. 

Por último, o treinador recusou adiantar quem vai jogar como central, embora tenha admitido que a ausência de Pepe deixe o FC Porto «mais fragilizado».

«Todos têm de estar prontos. Se estão no FC Porto têm de estar preparados para este tipo de jogos. Obviamente que queria poder contar com todos. A nós, como equipa, a ausência do Pepe deixa-nos fragilizados pelo papel que tem dentro de campo e no balneário. Não estará o Pepe, estarão outros e onze e mais cinco reforços que vão defender ao máximo as cores do clube», concluiu. 

O Bayer Leverkusen-FC Porto está agendado para as 20h00, desta quarta-feira.