Aos 21 anos, Tozé soma 60 internacionalizações em todas as seleções nacionais. É, por estes dias, opção regular nos Sub21 treinados por Rui Jorge e um forte candidato a estar no Campeonato da Europa do próximo ano, a realizar-se na República Checa.

Nesta parte da entrevista ao Maisfutebol, Tozé fala sobre esta «geração especial» do futebol português e passa ainda pela sua vida universitária, a experiência em Lisboa e a posição onde pode render mais dentro de campo.

(PARTE 1) TOZÉ: «Ao marcar o penálti ao FC Porto pensei no meu avô»

(PARTE 2) TOZÉ: «Não me sinto inferior aos jogadores do FC Porto»

Tanto no FC Porto B como no Estoril tem alternado entre a posição 10 e um lugar como extremo. Onde rende mais e onde prefere jogar?
«Sempre preferi jogar no meio e foi aí que joguei desde muito cedo na formação. Também gosto de partir da ala e aproximar-me da baliza. É mais fácil até fazer golos nesse lugar. É no meio que mais gosto de estar, repito, mas estou disponível para fazer qualquer lugar. O mais importante é ajudar».

O Tozé faz parte da seleção de sub21. Os resultados têm sido ótimos. O título europeu é possível?
«Temos vivido momentos extraordinários. Representar o meu país é fascinante, é o máximo. O espírito desta seleção é incrível e esta geração tem muita qualidade. Vamos fazer um Europeu bom. O nosso grupo é difícil, mas o sonho do título está vivo. Não custa nada sonhar, temos muita qualidade».

Nesta altura da carreira é impossível conciliar o futebol com a universidade?
«A matrícula está congelada, mas estou em constante contato com a faculdade, para saber se está tudo regularizado com a minha situação ou se é preciso fazer alguma coisa. A veterinária e os animais são duas grandes paixões e quando puder voltar a estudar, voltarei. Para já é impossível porque eu sou um perfecionista e só aceitaria estar na universidade para ser um dos melhores. E para isso teria de me dedicar. Com a minha agenda desportiva é impensável. Mas voltarei aos livros».

A sua vida era passada entre Forjães e o Porto. Como tem reagido à mudança para Lisboa?
«É a primeira vez que abandono o meu seio familiar. Felizmente vivo com a minha namorada em Lisboa e o passo dado, que foi difícil, torna-se mais simples. É a vida que escolhi para mim e sinto-me feliz em Lisboa».