Veja como o Maisfutebol seguiu o FC Porto-Nacional AO MINUTO.

FIGURA: Miguel Rodrigues
Enorme, jogo impecável, duas mãos cheias de cortes decisivos! 20 anos, criado na União de Leiria e a fazer a segunda época na Choupana, este defesa central só nada pôde fazer no cabeceamento imparável de Jackson. Chegou a meter impressão vê-lo a intercetar um cruzamento, levantar-se e afastar mais uma investida do dragão para longe. É imperioso seguir de perto este excelente valor nacional.

MOMENTO: minuto 90+3, Gottardi herói
Lucho isola Jackson e o colombiano, no um para um com o guarda-redes do Nacional, não consegue desviar a bola para dentro da baliza. Jogava-se o prolongamento do jogo e Gottardi segurava um saboroso ponto com a categoria dos grandes, dos maiores. Nada a fazer para o FC Porto, empate horrível e o Benfica só a um ponto.  

NEGATIVO: Silvestre Varela
Varela é assim. Quando joga mal, joga mesmo mal. As receções são defeituosas, a mudança de velocidade equipara-se a uma manobra de um TIR, o drible fica sempre preso num pé mal colocado. Em resumo: fez pouco, pouco e foi, uma vez mais, o alvo preferido da plateia. Nestas noites, ninguém se lembra do muito de bom que Varela já fez no passado.

OUTROS DESTAQUES:

Jackson
A execução no golo é extraordinária, típica de um ponta-de-lança mortífero. Impulsão perfeita, a cabeça a rodar na hora certa e a desviar a bola sem hipóteses para Gottardi. Fantástico nesse momento, sim, e perdulário em muitos outros (leia-se o Momento do Jogo). Parece ansioso em algumas finalizações, o que não bate certo com o perfil desenhado ao longo da época passada. Não é ele o maior problema da equipa, mas o FC Porto precisa de mais Jackson.  

Josué
Primeiro tempo irrepreensível, nas cercanias de Lucho e Jackson, investido do papel que aprendeu a desempenhar em Paços de Ferreira. No processo defensivo aproxima-se do lateral contrário, sim, mas em ataque organizado joga sempre pela faixa central. Dois bons remates, alguns lançamentos cirúrgicos e participação ativa até aos 55/60 minutos. Começou a cair e Paulo Fonseca substituiu-o. Terça-feira há mais. 

Herrera
Terá feito a sua melhor exibição de dragão a peito, essencialmente pelo que produziu no primeiro tempo. Mais acertado no passe, sempre disponível para acelerações e até a arriscar o remate (sem pontaria) num par de ocasiões. Não está nas boas graças dos adeptos, pois assobiam-no a cada erro, por mais pequeno que seja, mas tem condições para crescer em várias áreas do jogo.

Danilo
Terceira assistência para golo na Liga e já é o defesa mais interventivo neste item. Continua a alternar coisas boas, com outras absolutamente primárias, mas é inegável o crescimento que evidencia. Da forma que o FC Porto joga, com parco aproveitamento dos extremos, o pulmão dos laterais é fundamental. E Danilo tem-no. 

Maicon
Regresso tranquilo à titularidade, sempre extremamente sereno e acertado em tudo o que fez. A lesão e a concorrência feroz atiraram-no para um plano subalterno nas escolhas de Paulo Fonseca e Maicon tem de aproveitar todos os minutos para inverter esta fatalidade. Atuação sem mácula.   

Candeias
No primeiro tempo foi o único capaz de colocar em sentido a defesa do tricampeão nacional. Quando arranca é, de facto, demolidor. Nem sempre define bem, é certo, mas a velocidade e imprevisibilidade fazem de Candeias um dos bons extremos portugueses a jogar na Liga. Já merece um clube de dimensão superior.