O futuro de Ernesto Farías continua uma incógnita. O avançado tem sido associado, quase diariamente, a uma eventual saída do Dragão, quase sempre para regressar à América do Sul. Depois de passada a hipótese de um regresso ao Estudiantes, os brasileiros do Cruzeiro pareciam estar na linha da frente para receber «El Tecla». Acabou, mais uma vez por não se fazer o negócio, pelo menos numa primeira instância.

«O Farías é um jogador que nos interessa, isso é público. Mas tivemos dificuldades no acerto financeiro com ele. Com o F.C. Porto estava tudo acertado, os problemas estiveram na definição do ordenado do jogador. Com isso, o Cruzeiro recuou», explicou Guilherme Mendes, assessor do emblema de Belo Horizonte, ao Maisfutebol.

O empresário do jogador, Gustavo Arribas, confirmou, também, a discrepância entre as duas partes. «É verdade que entre os clubes está tudo acertado. Falta agora o Cruzeiro abrir mão de um pouquinho e o Farías ceder um pouquinho. A diferença é de 20 por cento. No decorrer desta semana, os dois vão ter que ceder alguma coisa para poder finalmente acabar com esta novela», afirmou o agente ao site «Superesportes».

No entanto, o Cruzeiro contratou recentemente quatro reforços, entre eles o avançado Wallyson, do Atlético Paranaense, o que pode confirmar o desinteresse no «Tecla».

Farías tem apenas mais um ano de contrato com o F.C. Porto, daí a urgência dos dragões em encontrar solução para este problema. O jogador, que esta quarta-feira não esteve no apronto matinal, foi, inclusive, sugerido ao Sporting no negócio que trouxe João Moutinho para o Dragão, mas o negócio não se fez. No Brasil diz-se que o Palmeiras, velho interessado no argentino, está a preparar um regresso à mesa de negociações, aproveitando o recuo do Cruzeiro.

Caso a situação não evolua, o F.C. Porto arrisca-se a não receber qualquer contrapartida financeira, facto que até pode ser positivo para o jogador. «Depois, quem quiser contratá-lo não vai precisar investir no passe. E ele, livre, receberia muito mais, porque o clube não tem de pagar a transferência. É por isso que, neste momento, ele não quer reduzir o salário», lembrou Gustavo Arribas.