A tarde era de festa para o Farense, mas, no final, quem sorriu foi o Vitória. Os vimaranenses ganharam por 1-2, num jogo que, apesar de bem disputado, teve ascendente minhoto.

A festa devia-se a uma efeméride digna de registo: o Estádio de São Luís completou ontem, 1 de Dezembro, 100 anos de existência. Para que tenha uma ideia, trata-se do estádio mais antigo da Liga Portuguesa.

Nas camisolas dos jogadores do Farense, não havia nomes próprios. Em todas, se lia o mesmo: “São Luís”.

O cartaz da festa também prometia: em jogo, estava o 5º lugar da I Liga e duas equipas que têm demonstrado argumentos ao longo da época.

Do Vitória, já se sabe que se espera sempre muito; apesar das duas derrotas consecutivas, a boa exibição frente ao FC Porto, na última jornada, não deixava dúvidas de que, se quisesse assinalar a festa com uma vitória, o Farense teria de se mostrar em grande.

Mas não foi isso que aconteceu.

Os algarvios entraram mal em jogo, nervosos, com um futebol pouco ligado, enquanto o Vitória aproveitou para cedo se adiantar no marcador.

Logo ao minuto 3, Tomás Ribeiro marcou num lance confuso, após canto batido pela esquerda.

Com a vantagem, o Vitória ficou confortável no jogo e dominou grande parte do primeiro tempo.

À exceção de um lance de Bruno Duarte aos 26 minutos que Borevkovic cortou em cima da linha de golo, o Farense pouco mais mostrou.

Já o Vitória até podia ter ido a vencer por dois, caso aquele remate de Jota, aos 20’, não tivesse batido com estrondo na baliza de Ricardo Velho.

José Mota percebeu que tinha de mudar e, para a segunda parte, fez logo uma alteração (além da mudança forçada, na primeira parte, por lesão de Mattheus Oliveira).

Rafael Barbosa entrou, mas pouco mudou. Os algarvios continuavam sem conseguir demonstrar o futebol que já apresentaram esta época, apesar de até terem chegado ao empate.

Aos 55m, o Farense teve um penálti a seu favor, castigando uma falta de Maga sobre Marco Matias.

O lance motivou vários protestos dos vimaranenses, mas foi confirmado pelo VAR: chamado a converter, Bruno Duarte não tremeu e fez o empate.

A partida parecia relançada… não fosse a expulsão de Fabrício pouco depois do golo. Em dois minutos, o médio brasileiro – capitão e figura chave desta equipa – viu dois amarelos e desfalcou os leões de Faro.

Com mais um, o Vitória aproveitou para carregar… até chegar ao golo da vitória, já perto do final.

Jota Silva – que, na primeira parte, tinha sido um dos melhores do Vitória – recebeu um passe de Handel e, com um remate cruzado, bateu Ricardo Velho (88m).

A festa do Farense estava estragada, mas, em abono da verdade, o Vitória fez por isso.