O Olhanense recebe a Académica na próxima segunda-feira (20h15) e no pensamento do seu treinador, Daúto Faquirá, só cabem reflexões positivas, fundamentadas pelo actual momento da equipa.

«Estamos motivados e numa fase boa que queremos perdurar. Para dar essa continuidade nada melhor que voltar às vitórias nos jogos em casa. (n.d.r. empate com F.C. Porto no último jogo em casa) Trabalhámos bem nesta semana que tem sido longa, para nos apresentarmos nesta segunda-feira em condições de vencer a Académica que é uma equipa do nosso campeonato, e sobre quem queremos alargar para quatro pontos a diferença pontual. Seria bom pois estaríamos mais perto dos nossos objectivos», almeja Daúto Faquirá.

A Académica já não vence há 5 jogos para o campeonato mas vem de vitórias por números robustos sobre o F.C. Porto e Leixões para a Taça de Portugal. E nunca venceu em Olhão para o campeonato... «A nossa preocupação é o Olhanense, as minhas cogitações e pensamento vão sempre para a minha equipa e para os meus jogadores, em tentar tirar o melhor rendimento deles e continuar a trabalhar as rotinas da equipa e melhorá-las... Obviamente que a Académica é uma boa equipa, constituída por bons jogadores, mas não é a minha fonte de preocupação. Ainda bem para eles que têm feito esses resultados, mas em Olhão mandamos nós», avisa.

Nos últimos tempos, o clube algarvio tem sido afectado por várias lesões. Para este jogo, as maiores preocupações centram-se na defesa. «Temos as mesmas lesões e castigos que as outras equipas. O Maurício está amarelado e não pode jogar, o Ismaily está a regressar, clinicamente já está operacional e é uma questão minha jogar ou não. O João (Gonçalves) tem sempre aquele problema no joelho, ainda temos dois dias e meio até ao jogo e veremos se será recuperável. Mas, tal como tenho dito sempre, estaremos na máxima força.», desvaloriza o treinador.

No treino desta manhã, Djlamir saiu mais cedo devido a uma indisposição, acrescentando (ou não) preocupações também no ataque, até porque, Dady está tocado. «Para o ataque, além do Djalmir temos o Yontcha e o Meza, o Wilson (Eduardo), que já jogou nessa posição, o Salvador (Agra). Não tenho preocupação por aí. Quem estiver melhor e quem eu entender que deve jogar.»

E foi este ponto (lesões) que centralizou o resto da conferência de imprensa. «Tive muita pena da situação do Nuno (Piloto), que está no segundo ano no Olhanense depois de ter tido uma época com algumas contrariedades em virtude de ter estado na época anterior praticamente parado na Grécia, e é um jogador importante para nós. Fiquei com pena porque vamos perdê-lo praticamente durante toda a época. As outras lesões são normais, todas as semanas todos os clubes têm jogadores que ficam uma ou duas semanas de fora. A partir do momento em que o Nuno (Piloto) saiu da equipa, os últimos 5 ou 6 jogos, e com um ou outro jogador impossibilitado, temos somado êxitos. Temos um plantel homogéneo e equilibrado para suprir isso. O principal é o nosso trabalho e a crença que colocamos em campo e os jogadores perceberem que todos eles são importantes para o nosso projecto», continuou.

«Convido a olharem para as outras equipas a verem as lesões que elas também têm. Neste momento temos 4 lesionados. Temos o Nuno Piloto, o Jander e o Luís Filipe, que tem uma lesão crónica e que não tem nada a ver com isto, e o André Micael. O João Gonçalves é um jogador de risco, aqui, na China ou no Chelsea. Neste momento, temos só fora o Nuno Piloto. São situações que têm a ver com o futebol, normalíssimas. O Braga tem oito operações, o Sporting tem sete ou oito, o Benfica também, todos os clubes têm. Não percebo essa situação. São atletas de alta competição e estão sempre sujeito a lesões. Nós tentamos minimizar e as coisas têm corrido melhor este ano que no ano passado», concluiu, sobre um tema muito debatido na imprensa nos últimos dias.