Foi numa Tribuna de Honra quase mais interessada em ver o encontro entre Santana Lopes e Pôncio Monteiro - só por curiosidade, os dois não se falaram, nem sequer se cruzaram -, que o Governo homenageou esta tarde o F.C. Porto pelas conquistas internacionais das duas últimas épocas. Do plantel principal só faltaram Costinha e Pedro Emanuel, por estarem doentes, Carlos Alberto, por estar no Brasil, Diego e Derlei, estes dois sem qualquer justificação embora tenham avisado o clube.
O Primeiro-ministro - que se fez acompanhar pelo ministro dos Assuntos Parlamentares Rui Gomes da Silva, pelo secretário de estado do Desporto Hermínio Loureiro, pelo ministro-adjunto José Luís Arnaut e pelo presidente da distrital do PSD-Porto Marco António Costa - entregou o Colar de Honra de Mérito Desportivo a Pinto da Costa, que o recebeu, claro, em nome do F.C. Porto, e presenteou cada um dos jogadores do plantel e os elementos das equipas técnica e médica com a medalha de Mérito Desportivo.
Num breve discurso Santana Lopes considerou que aquele era «um acto de justiça que só não chega tarde porque o F.C. Porto nos habituou a conquistar títulos regularmente», adiantando que os governos anteriores «só não o fizeram porque não tiveram tempo». «Mal fica uma sociedade que não sabe distinguir os feitos que se alcançam. Felizmente podemos dizer ao Mundo que temos entre nós o F.C. Porto, o que tanto nos orgulha», acrescentou. Pôncio Monteiro diria depois que estas palavras se dirigiam a Rui Rio.
Sem qualquer polémica nas palavras, falou depois Pinto da Costa. Agradecendo ao Primeiro-ministro, mas sobretudo ao homem Pedro Santana Lopes, que até colocou uma faixa a saudar o campeão europeu na fachada do edifício da Câmara Municipal de Lisboa, o presidente portista deixou uma promessa expressa. «Há uma garantia que lhe deixamos, a de que vamos continuar a engrandecer o nome de Portugal». A cerimónia, breve, terminou com o descerramento de uma placa que assinala este dia.