Que coração!
Talvez nunca a Dinamarca tenha tido tantos adeptos por esse mundo fora.
Além dos adversários diretos, haveria mesmo alguém que não estivesse a torcer por um apuramento dos bravos dinamarqueses?
Acreditamos que não.
Por isso, esta segunda-feira, muitos corações estarão a palpitar por uma nação que foi atirada ao tapete pelo colapso de Eriksen logo no primeiro jogo do Europeu e, tal como ele, ergueu-se para a ovação de todo mundo.
Não. Mais do que erguer-se, esta Dinamarca transcendeu-se.
Entrou para a última jornada da fase de grupos em último lugar, com zero pontos e uma situação bastante delicada, a precisar de vencer e esperar que a Finlândia perdesse diante de uma Bélgica já apurada.
Mas com uma exibição sublime, e apoiada por 38 mil eufóricos dinamarqueses nas bancadas, banalizou a Rússia e assegurou o segundo lugar do grupo e o apuramento direto.
Sempre com Eriksen na cabeça de todos. Isso mesmo se percebeu nos festejos de Damsgaard, de Poulsen, de Christensen e de Maehle. Todos mostraram o 10 na hora de celebrar.
E todos homenagearam o companheiro com golaços que o próprio Christian Eriksen se orgulharia de ter marcado.
E assim, nos oitavos de final – que já não terão a Rússia - a Dinamarca vai continuar a ser a seleção de todos aqueles que não a defrontarem.
Porque é impossível não ficar comovido com o coração que esta seleção dinamarquesa mostra em campo.