*Enviado-especial ao Euro 2016

Apesar da presença do capitão Aron Gunnarsson, Gylfi Sigurdsson continua a ser o mais mediático jogador da Islândia, que esta terça-feira defronta Portugal em Saint Étienne na estreia no Euro 2016. Não estranhou por isso que fosse o destinatário da maior parte das perguntas da comunicação social presente na sala de imprensa do Stade Geoffroy-Guichard.

«Estou muito orgulhoso por estar aqui, é um grande jogo, mas temos de encará-lo como qualquer outro. A preparação é exatamente a mesma de qualquer encontro que fizemos antes. A partida aproxima-se e a equipa fica mais excitada, mas temos de o encarar de forma positiva. Se jogarmos como fizemos na qualificação para o Mundial e agora para o Europeu tudo correrá bem», garantiu.

O médio do Swansea assegurou que a equipa não traçou objetivos para a sua primeira participação numa fase final de uma grande competição: «Não nos colocámos nenhuma fasquia. Estamos num grupo muito difícil, e o nosso maior feito foi já termos chegado até aqui. Já estivemos num grupo complicado com Holanda, Turquia e República Checa e toda a gente ficou muito surpreendida por termos chegado até aqui. Por isso vamos desfrutar, tentar ter um bom arranque e fazer o melhor possível.»

Sigurdsson vai ter do outro lado do campo, caso seja aposta de Fernando Santos, o avançado português Éder, com quem jogou nos Swans. «É muito bom e teve algum azar com lesões. Saiu para o Lille, marcou alguns golos na parte final da época e está na equipa. Não sei por que foi criticado, mas sei que marcou alguns golos, ganhou confiança, está de volta e que fará o melhor por Portugal se tiver a oportunidade de jogar.»

O médio também falou do experiente Eidur Gudjohnsen, de 37 anos, que integra o grupo de 23 jogadores presentes em França, concordando copy-paste com as ideias transmitidas pelo adjunto Heimir Hallgrímsson, também presente na sala: «Gudjohnsen é um jogador muito importante, ainda tem grande parte das qualidades intactas, possui muita experiência, e pode ajudar a seleção.»

Aron Gunnarsson tem geralmente mais trabalho em campo do que na presença de hoje perante os jornalistas. Como capitão destacou o apoio dos adeptos. «Tivemos um apoio massivo, de cerca de três mil islandeses na Holanda. Houve uma grande atmosfera antes, durante e depois do encontro. Tivemos um apoio fenomenal. Estamos todos orgulhosos por representar a Islândia.»