Roy Hodgson acompanhado por Martin Glenn, membro da Federação Inglesa da Futebol (FA), abordou em conferência de imprensa a eliminação da seleção inglesa do Euro2016 e a sua posterior demissão. O técnico de 68 anos mostrou-se surpreso por comparecer diante dos meios de comunicação, visto que já não é o atual líder da seleção dos ‘três leões’.
«Não sei bem o que estou aqui a fazer, pensei que a minha declaração da noite de ontem era suficiente», afirmou. «Já não sou selecionador da inglaterra, o meu tempo acabou, mas disseram-me que era importante aparecer aqui», afirmou.
Roy Hodgson admitiu que a participação no Campeonato da Europa ficou aquém das expectativas e que os seus ‘pupilos’ tinham capacidade para levar de vencida a seleção islandesa.
«Estou desapontado. Ainda estou a recuperar da noite de ontem que não foi boa para ninguém. Viemos para casa como derrotados e com esse registo infeliz de não termos vencido um jogo na fase a eliminar», confessou, deixando palavras de agradecimento aos adeptos que acompanharam a equipa.
Questionado sobre se os jogadores perderam a fé na equipa técnica, nomeadamente no jogo contra a Eslováquia, Hodgson respondeu de forma peremptória.
«Se isso é verdade os jogadores disfarçaram muito bem. No jogo com a Eslováquia dominámos do princípio ao fim. O único problema foi não termos arriscado o suficiente», referiu.
Entre as inúmeras questões colocadas ao antigo treinador da seleção inglesa, uma prendeu-se com o que foi dito aos jogadores ao intervalo do jogo contra a seleção de Lars Lagerback e de Hemir Hallgrimsson.
«Existem questões que não dizem respeito ao público. O que é dito no balneário fica no balneário», atirou.
Por último, o responsável pelo comando técnico da Inglaterra assumiu que à medida que os jovens que compõem a seleção amadurecerem os resultados vão ser melhores e garantiu que no final são sempre os resultados que ditam o destino de um treinador.
«Os resultados é que contam e é a partir dos resultados que as pessoas julgam o teu trabalho. Houveram críticas durante o torneio. Ainda assim, não tenho razão de queixa da forma como fui tratado e sei que vão sempre haver críticas. É um facto da vida. Um jogo em particular causou um grande efeito em mim e na equipa», referiu.
O sucessor de Roy Hodgson ainda não foi revelado.