Erwin Koeman, seleccionador da Hungria, diz que este sábado, no Estádio da Luz, vai apresentar uma equipa de combate para travar Portugal e conseguir um bom resultado. O treinador holandês diz que não se pode comparar a qualidade e a experiência das duas selecções e, nesse sentido, admite que vai ter de lutar com armas diferentes. Queiroz queixou-se da «violência» que sentiu da parte da Hungria, em Budapeste, Koeman prefere falar em «atitude» e promete mais do mesmo para este sábado.
Bem-disposto, Erwin entrou na sala de imprensa a falar, sem esperar que as câmaras estivessem ligadas ou os fotógrafos a postos. «Não são tão rápidos como o Cristiano», começou por atirar, antes de olhar em volta e recordar que o seu irmão, Ronald Koeman, já ali tinha estado por diversas vezes. «É bom estar aqui, como sabem o meu irmão foi treinador do Benfica. Já me tinha dito que o estádio é impressionante, agora posso confirmar», destacou.
Mas este Koeman estava ali para falar do decisivo Hungria-Portugal deste sábado. O responsável pela equipa magiar começou por fazer uma breve análise à classificação para recordar que a Hungria também está na luta. «Nós temos de ganhar, eles [Portugal] também. Se Portugal tem treze pontos e nós temos treze pontos, acho que estamos muito bem. Tivemos uma desilusão que foi a derrota com a Suécia. Podíamos estar aqui em segundo lugar, mas agora estamos aqui a lutar com Portugal e com a Suécia pelo segundo lugar, porque acho que a Dinamarca vai mesmo ficar com o primeiro lugar», começou por destacar.
Destrinçada a classificação, Koeman analisou as duas equipas. «Portugal tem alguns dos melhores jogadores da Europa, apesar de terem sentido algumas dificuldades no grupo. Amanhã para nós é importante darmos o máximo. Estamos confiantes em que vamos fazer um bom jogo. Sabemos que empataram aqui com Albânia e com a Suécia, tiveram dificuldades, por isso acreditamos que vamos ter uma oportunidade», prosseguiu.
No último jogo, em Budapeste, Portugal venceu por 1-0, com um golo madrugador de Pepe. «Em Budapeste sofremos um golo aos 9 minutos. Quando defrontamos uma equipa como Portugal e entramos a perder é muito complicado. Mas se estiver 0-0 aos 66 minutos, podemos lutar por um bom resultado. Espero conseguir mais do que em Budapeste», destacou.
«Se tivermos de defender, vamos defender
Carlos Queiroz queixou-se de alguma violência da parte da Hungria no jogo de Budapeste. Erwin Koeman não está de acordo. «Vamos ver amanhã, mas não sei se isso é correcto, vamos ver. Às vezes somos um pouco ingénuos, os portugueses têm mais experiência a nível internacional. É uma diferença entre todos os jogadores. Espero um jogo muito difícil para nós. O que é que podemos fazer? Fazemos a nossa parte, acho que tivemos uma boa atitude em Budapeste, temos de dar o nosso máximo. Portugal tem bons jogadores, temos de ser duros, mas não acredito em violência», comentou.
Erwin Koeman voltou a insistir na diferença de qualidade para explicar que a única arma que tem para atenuar essa diferença será a atitude dos seus jogadores. «A qualidade entre as duas equipas é grande. Todos os vossos jogadores jogam ao mais alto nível. Nós temos jogadores que jogam a um nível mediano e outros que não jogam há 6/7 semanas. Temos de dar o nosso máximo, se tivermos de defender, vamos defender. Vamos jogar para o resultado, tal como os portugueses. Não sei se alguém está à procura de desculpas, eu não estou», insistiu.
Cristiano Ronaldo recuperou de uma lesão no tornozelo e deve ser titular este sábado. «Se vai jogar, não é surpresa. Portugal tem de ganhar. Seria uma pena ele não ir ao Mundial...», comentou.