* por Pedro Morais
Aos 57 anos, Mariano Barreto foi anunciado – a 22 de abril – como o novo seleccionador da Etiópia, cargo que vai ocupar durante os próximos dois anos.
Em entrevista ao
Maisfutebol, o técnico português fala sobre os preparativos para assumir em pleno a função de responsável pelo futebol de selecções desse país africano.
Mariano Barreto aponta o «jogador etíope» como um jogador «tecnicamente evoluído». Garante que em maio e junho vai observar melhor os jogadores que vai orientar, mas, ainda assim, aponta algumas características que já conseguiu apreender:
«Correm muito, muito, mesmo muito e espero usar esse aspeto a nosso favor. O reclame das pilhas devia ser sobre o jogador etíope, de tanto que eles correm», atira entre risos.
«Adis Abeba tem zonas muito modernas e qualidade de vida»
Em comparação ao jogador ganês, o técnico destaca algumas diferenças que conseguiu denotar durante a temporada em que orientou a seleção ganesa. O futebol dos
Estrelas Negras, diz, é baseado mais «na força», embora denomine os ganeses de «os brasileiros africanos»:
«O jogador ganês é influenciado pelo brasileiro. Chamam-lhe o brasileiro africano. Tem qualidade técnica e muito do seu jogo é baseado na força. São fisicamente muito possantes», sublinha.
Em relação à Etiópia, país onde irá residir, Mariano Barreto faz um «retrato positivo».
TODA A ENTREVISTA A MARIANO BARRETO
O técnico permanece em Portugal e encontra-se a finalizar os preparativos para a mudança definitiva para a Etiópia, que deverá acontecer no dia 6 de maio, mas já visitou o país africano.
Depois de passar por países como Gana, Emirados Árabes Unidos, Rússia, Chipre, Angola, Bahrain e Arábia Saudita, Mariano Barreto lança alguns dados sobre o que viu na sua curta estadia na capital etíope:
«A cidade de Adis Abeba tem condições para me sentir realizado, com zonas muito modernas e muita qualidade de vida. Tenho condições não só para fazer um bom trabalho mas também para ter uma vida estável», declara.
«Antes de aceitar, comentei com amigos da Rússia e do Dubai e eles não entendiam como seria capaz de viajar para a Etiópia. Eu gosto de tomar decisões depois de ver pessoalmente o que me espera, as condições em que vou ser recebido e trabalho», acrescenta.
«Portugal é o melhor país do mundo para viver»
Sobre Portugal, o técnico garante que não sai «com pena nem frustração». Compreende que este é o seu trabalho e refere, acima de tudo que deve muito ao futebol, embora sinta sempre saudades de casa:
«Portugal é o nosso país, onde estão os nossos amigos, a nossa família», afirma, acrescentando «lá fora tenho saudades, gostava de poder voltar a Portugal, a distância faz perder laços».
Mas neste ponto, a companhia inseparável da mulher e do filho é essencial:
«Tenho a felicidade de poder viajar acompanhado da esposa e do meu filho. Não tenho a saudade do homem só. O meu filho vai sempre connosco. Com 2 meses viajou para a Rùssia. O carinho da minha esposa é fundamental»
A Etiópia na CAN 2013:
Depois de ter viajado um pouco por todo o mundo, Mariano Barreto não hesita em considerar o nosso país «o melhor do mundo para viver»:
«Quatro ou cinco dias não dava para perceber o quão bonito é o nosso país. É o melhor do mundo para viver», conclui.
O técnico passou 15 dos últimos 17 anos fora de Portugal e em 2014 lança-se num novo desafio no estrangeiro. O cargo na Etiópia representa a décima experiência do técnico como treinador principal.
Entrevista
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1 mai 2014, 00:13
«O reclame das pilhas devia ser sobre o jogador etíope»
Mariano Barreto ruma a Adis Abeba para ser o novo selecionador nacional da Etiópia. «Eles correm muito, mesmo muito», diz em entrevista ao Maisfutebol
Mariano Barreto ruma a Adis Abeba para ser o novo selecionador nacional da Etiópia. «Eles correm muito, mesmo muito», diz em entrevista ao Maisfutebol
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