O guarda-redes alemão Robert Enke, cujo falecimento foi anunciado esta terça-feira, jogou três temporadas em Portugal, representando o Benfica de 1999-2000 a 2001-2002.
Nascido a 24 de Agosto de 1977, chegou a Lisboa proveniente do Borussia Moenchengladbach, como dono da baliza dos sub-21 da Alemanha. A sua primeira missão na Luz foi complicada: substituir o belga Michel Preudhomme, um dos melhores guarda-redes na história do clube e do próprio futebol português.
Com o seu compatriota Jupp Heynckes aos comandos, Enke estreou-se pelo Benfica a 22 de Agosto, dois dias antes de completar 22 anos, num empate (1-1) com o Rio Ave. A sua passagem coincidiu com uma fase desportivamente negra do Benfica: terceiro lugar na primeira temporada, sexto em 2000/01 e quarto em 2001/02.
Ao longo de três anos, e depois da saída de Heynckes, Enke trabalhou com José Mourinho, Toni e Jesualdo Ferreira, jogando 93 encontros oficiais. O seu último jogo com a camisola do Benfica foi a 2 de Março de 2002, numa derrota com o U. Leiria (0-2).
Da Luz rumou ao Camp Nou, mas não foi feliz no Barcelona, sendo emprestado ao Fenerbahçce e ao Tenerife. Em 2004/05 regressou à Alemanha e ao Hannover, clube onde voltou a subir a corda a pulso, reafirmando-se como um dos melhores guarda-redes alemães e voltando à luta pela baliza da selecção, ao serviço da qual alinhou por cinco vezes na campanha de apuramento para o Mundial-2010.
Esta temporada, o seu trajecto foi perturbado por um estranho vírus, que motivou o seu afastamento temporário dos relvados. Voltou a jogar a 31 de Outubro, e no passado fim-de-semana. Frente ao Hamburgo, um empate (2-2) assinalou o último jogo de uma carreira brutalmente interrompida.