É moda? É superstição? O que são aquelas grandes fitas, de várias cores, que estão por todo o lado em Londres 2012, em diversas parte do corpo de atletas de modalidades completamente diferentes? A questão tem intrigado muita gente que foi assistindo aos Jogos Olímpicos na televisão. Pois bem, ficamos a saber que pretendem ter efeitos terapêuticos.

São fitas de cinesioterapia, e em teoria ajudam a reabilitar músculos doridos ou a ajudá-los a trabalhar melhor. São aplicadas nos pontos críticos do corpo por técnicos, de acordo com um método desenvolvido há mais de 30 anos pelo quiroprático Kenzo Kase.

Já eram usadas por atletas famosos. Como os futebolistas Mario Balotelli e David Beckham, o tenista Novak Djokovic, ou o ciclista Lance Armstrong. Mas em Londres generalizaram-se e tornaram-se tendência.

E funciona, ou não? Depende a quem perguntarmos. Os defensores dizem que sim, que reduz a dor ao aumentar o fluxo de sangue e encorajar a drenagem linfática. Os cépticos, entre os quais muitos cientistas, duvidam. «Como cientista custa-me perceber o mecanismo pelo qual faria efeito, especialmente a ideia de que levantam a pele para estimular o fluxo de sangue e o sistema linfático», diz John Brewer, da universidade britânica de Bedfordhire, citado pelo «Deutsche Welle».

Depois, há quem diga que mal não faz. «É uma fita que tem um tipo de adesivo que imita a elasticidade da pele», diz à NBC Aaron Mares, professor universitário de cirurgia ortopédica, alinhando depois pela teoria, também defendida por muitos, de que as fitas podem ter apenas um efeito placebo, o mesmo que nos leva a sentir-nos melhor depois de tomar um comprimido, mesmo que seja inócuo: «Não é algo que faça mal. Se os atletas sentem que os pode ajudar do ponto de vista da performance, não vejo qualquer problema.»