O presidente do E. Amadora, António Oliveira, não tem conhecimento oficial do alegado indeferimento da Direcção Geral dos Impostos (DGCI), noticiado esta quarta-feira, mas promete lutar contra a decisão e o consequente fim do clube.
«A ser verdade, não vou atirar a toalha ao chão, tem de haver uma solução. Não vou parar, disso podem estar certos», disse o dirigente ao Maisfutebol, que quinta-feira regressa à Assembleia da República para ser ouvido pela Comissão de Orçamento e Finanças.
«Nem sei por que foi rejeitado o pedido de adesão ao PEC [Procedimento Extrajudicial de Conciliação]. E só em cima do fim dos prazos, faltam quatro ou cinco dias, é que decidem o indeferimento? Como é possível o contribuinte querer pagar e não o deixarem? As garantias não são em dinheiro vivo, mas existem no papel. Não é por isso que o contrato com a PPTV [direitos de transmissão televisiva] deixa de ter valor. O património do Estrela vale 10 milhões 974 mil euros e é sobre isso que o clube paga IMI. Tem valor para uma coisa e não para outra?», questionou António Oliveira, lembrando, ainda, que «tudo está penhorado».
O presidente recordou, também, que o clube da Amadora acordou há cerca de três anos um plano de pagamento com as Finanças, relativo ao Bingo, e que «até à data não falhou uma prestação». Além disso, recordou, «a Segurança Social [também credora] deferiu o pedido de adesão ao PEC».
«Se libertarem o património, vamos conseguir pagar tudo. Davam-nos uns meses para o provar e depois até podiam voltar a penhorar tudo, pois têm mecanismos para o fazer», argumentou António Oliveira, lembrando que em causa não está só o futebol profissional, mas também «400 jovens dos escalões de formação».
O dirigente volta esta quinta-feira à AR, um dia depois de ter explicado à Comissão Parlamentar de Educação e Ciência a grave situação financeira do Estrela, que tem as receitas penhoradas desde Agosto de 2008. Há quase um ano que o clube aguarda a aprovação do PEC, conduzido pelo IAPMEI, Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas.