Walter Casagrande, antigo jogador brasileiro, garantiu no programa de Jô Soares que usou doping em quatro ocasiões, quando jogava no FC Porto. O responsável pelo departamento médico dos «dragões» era então Domingos Gomes, que reagiu a esta acusação na manhã desta terça-feira.

«Comigo não aconteceu», garantiu o médico, contactado pelo Maisfutebol.

«Não tenho nada a negar. Já foi há muito tempo, nesta altura não consigo relacionar com nada. Se ele disse isso, não tenho nada a reagir. Já lá vai, não tenho nenhuma referência neste momento para falar do caso. Ele é que terá de dizer quem foi. Transcende-me. Não tenho que comentar», acrescentou Domingos Gomes, questionado se tinha administrado substâncias dopantes a jogadores portistas.

«Não tenho nada a dizer, se foi utilizado ou não. Já não faço parte desse mundo. Não tenho dados, e haverá pessoas mais habilitadas para comentar», reforçou.

Domingos Gomes disse já não se recordar bem de Casagrande, mas recorda a lesão grave sofrida na visita ao Brondy, em jogo dos quartos de final da Taça dos Campeões Europeus, prova que o FC Porto conquistaria. «Se é quem eu penso, é uma pessoa que foi muito bem tratada. Fraturou o tornozelo uns jogos antes da final», recorda.

Refira-se ainda que, na entrevista a Jô Soares, Casagrande associa o primeiro caso de doping ao jogo de estreia, que foi um empate a duas bolas com o V. Guimarães, a 11 de janeiro de 1987.

A lesão grave foi sofrida a 18 de março, em Copenhaga. Ainda faz os dois últimos jogos do campeonato, com Farense e Elvas, mas não é utilizado na final de Viena, com o Bayern.