Deco não muda o discurso. Mesmo admitindo que vai ser «complicado» enfrentar o Brasil, país onde nasceu, num Mundial, garante que a sua vontade é, apenas, ajudar Portugal a ir o mais longe possível e, claro, bater o «país irmão».

«Não é a mesma coisa jogar contra o Brasil um amigável e agora no Mundial. Não sei qual será a sensação. Mas vou estar a defender Portugal de alma e coração, sempre disse que ia ser assim a partir do momento que decidi naturalizar-me. Espero que os dois se classifiquem, para não ter problemas», acrescentou, entre sorrisos, lembrando depois que não vai festejar um eventual golo à «canarinha».

Deco falou no Brasil, à margem de uma acção de promoção à sua instituição de caridade, em Indaiatuba, São Paulo. Sobre o percurso de Portugal, sublinhou que a selecção não pode ser vista como um candidato ao título.

«Pela história, Portugal não pode ser considerado favorito. Mas temos uma equipa forte, grandes jogadores. Temos um jogador que é um dos melhores do mundo, se não o melhor. Em relação ao Mundial 2006, esta equipa tem mais qualidade. Agora o Brasil tem de ser sempre favorito. Um país que ganha o Mundial cinco vezes tem de ser favorito», lembrou, antes de desejar «boa sorte» a Dunga e ao grupo por si escolhido.

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«Ir para o Fluminense é uma forte possibilidade»

Deco está de passagem pelo Brasil antes de viajar para a Covilhã, onde vai integrar o estágio da selecção com vista ao Mundial. Com contrato com o Chelsea por mais um ano, o luso-brasileiro já deu a conhecer que a sua vontade é regressar ao país onde nasceu.

«Estou fora há muitos anos, tenho vontade de regressar ao Brasil. Mas sempre disse que isto é só um desejo, não sei se é possível ou não. Ir para o Fluminense é uma forte possibilidade, foi o único clube com quem falei pessoalmente. Veremos no final do Mundial, pois tenho contrato com o Chelsea», recordou.

O médio que em Portugal se destacou no F.C. Porto negou ainda que o regresso ao Brasil seja, apenas, para encerrar a carreira: «Acredito que ainda tenho mais alguns anos bons. Se voltar agora, não é para terminar a carreira.»