O cansaço que Nikolay Davydenko sentiu dentro do court não foi esbatido na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro desta sexta-feira e que colocou, a custo, o russo nas meias-finais do Estoril Open. A análise do número quatro do ranking acabou por revelar-se um desabafo.
«Não joguei bem. Talvez esteja cansado destas últimas quatro semanas, com Miami [último Master Series, que venceu frente a Nadal], a Davis Cup e o Estoril Open... Estava nervoso e a chuva também não ajudou. Talvez já tenha chegado ao campo cansado, mesmo antes do encontro. Não sabia o que fazer. Disse ao meu fisioterapeuta que queria desistir e ele disse-me que não podia, que tinha de terminar», admitiu.
Mas o segundo cabeça de série do Estoril Open também não o fez porque a força mental é, na sua opinião, uma arma de peso, mesmo que lhe pregue algumas partidas. «Penso que foi possível ver que estava diferente do habitual. Cada erro custou-me muito, pois fazia sentir-me ainda mais cansado devido à necessidade de pontuar. Ao perder o segundo set, tive de recomeçar do zero e tentar lutar. Entrei sem pensar que a vitória estava garantida e apenas que se tentasse fazê-lo poderia ser bem sucedido. Lutei até ao fim e ganhei. É a melhor característica que tenho, a capacidade mental. Se estiver a 100 por cento posso jogar muito bem», justificou o tenista russo.
Depois da meia-final entre Federer e Gremelmayr, este sábado, a partir das 15h, entra em cena Davydenko, que terá como opositor o francês Florent Serra, 101º do mundo. O desfecho é, porém, uma incógnita, concentrado que está em apresentar-se mais calmo. «Depende do estado do tempo. Está tudo na minha cabeça e hoje foi um dia muito difícil para mim. Não sei o que acontecerá amanhã, mas seria bom sentir-me bem e não estar nervoso.»