O passe de David Luiz foi bem vendido.

Receber 25 milhões de euros por um defesa central será sempre um bom negócio e foi isso que o Benfica fez.

Claro que vender jogadores importantes a meio da época é sempre sinal de que se troca a possibilidade de sucesso desportivo por uma receita que poderia nunca mais surgir. Mas, na verdade, a hipótese de chegar ao título é remota e a Liga Europa, até ver, uma miragem.

Foi isso que Luís Filipe Vieira fez. Aceitou deixar a equipa mais fraca, em troca de um encaixe significativo que lhe permite manter algum equilíbrio financeiro.

Os benfiquistas perdem um ídolo, a SAD recolhe o dinheiro. No primeiro momento, é uma relação desequilibrada. Os adeptos nunca querem saber muito de contas, mas adoram os seus jogadores e sobretudo acham graça a quem lhes dá alegria.

David Luiz, pela forma empenhada como se entregava, simbolizou aquilo a que se costumava chamar «um jogador à Benfica». Os mais velhos sabem do que falo. Nesse sentido, perdê-lo deve ser um momento duro. Mas inevitável. Se não fosse a 31 de Janeiro seria no Verão. E talvez por menos dinheiro.