D. Aves-Académica, 2-2 (destaques)

Pedro Roma, império dos sentidos
36 anos repletos de competência. Roma, império dos sentidos na baliza da Académica. A idade não lhe retirou quaisquer dos atributos que o tornaram um nome importante no panorama futebolístico português. Na Vila das Aves, mais uma grande actuação. 11 minutos, defesa complicada a livre de Anunciação. 40 minutos, intervenção exigente a pontapé de Jorge Ribeiro. 58 minutos, parada extraordinária, a roubar o golo a Octávio. Algumas pepitas, na exibição dourada que fez.
Jorge Ribeiro, a transbordar de raça
Neca prefere colocá-lo no meio-campo e percebe-se a intenção. Nessa posição, a raça que transborda dos seus poros faz mais sentido e a equipa agradece. De lábios trincados ao longo de todo o jogo, tentou vezes sem conta surpreender Pedro Roma na marcação de lances de bola parada, acabando por ser premiado aos 71 minutos. Um grande pontapé e um grande golo. A tentativa de revitalizar a sua carreira, após experiências menos conseguidas na Rússia e em Espanha, começa a dar os seus frutos.
Hernâni, a arma-secreta «levezinha» de Neca
Pela nona vez foi utilizado como suplente utilizado. Neca aprecia a sua velocidade e acredita que o «levezinho» das Aves pode ser decisivo se entrar fresco para as rectas finais dos jogos. Frente à Académica, esta teoria teve toda a lógica e a arma-secreta marcou um belo golo, num lance de contra-ataque. Falta-lhe alguma agressividade, mas bem trabalhado pode estar aqui um Juary (lembram-se?) dos tempos modernos.
Filipe Teixeira, justamente premiado
No meio de tanta gente que tem uma relação difícil com a bola, não deixa de ser um prazer vê-lo a tocar no couro. A partir da meia-hora, foi ele que potenciou todas as manobras ofensivas da Académica. Segurou, passou, fintou, rematou. Merecia mais qualquer coisa para enfeitar a sua actuação e apontou o golo do empate já nos derradeiros instantes da partida. Um prémio que lhe assenta na perfeição.
Diego Gama e Cláudio Pitbull, juros a render no banco
Dois brasileiros, dois avançados, duas apostas felizes dos técnicos. Diego Gama e Claúdio Pitbull passaram a maior parte do tempo no banco de suplentes, mas ainda entraram a tempo mostrar qualquer coisa. E não foi pouco. A cinco minutos do fim, na primeira vez que tocou na bola, Diego Gama centrou com o pé esquerdo e Hernâni empurrou para o golo. Logo a seguir, passe de Pitbull, também na esquerda, e golo de Filipe Teixeira. E o jogador emprestado pelo F.C. Porto poderia ter sido ainda mais decisivo, não tivesse sido egoísta na última jogada do encontro.