Johan Cruijff não se desliga nunca do Barcelona. Mesmo depois de uma época de sonho para os blaugrana, com a conquista do triplete, o holandês sugere melhorias ao plantel de Guardiola.
«[O Barcelona] é classificado por muitas e variadas razões como a melhor equipa do mundo, mas também necessita retoques. Haverá entradas e saídas. Para mim, o objectivo prioritário da próxima temporada é minimizar os períodos irregulares», defende o ex-treinador dos catalães, num artigo publicado no «Periodico de Catalunya».
Neste sentido Cruijff lembra que, depois de grandes êxitos, o Barça entra em crise. «A mudança para melhor dos últimos cinco ou seis anos foi espectacular. Depois de uma grande época com Rijkaard, seguiu-se uma baixa enorme nos seguintes. Como em 1974, quando cheguei. Ganhei a Liga com uma grande equipa e nos quatro anos seguintes só vencemos uma taça», recorda o mítico holandês.
Para Cruyff, a continuação dos êxitos do Barcelona só é possível se a equipa técnica não repetir erros do passado. «Por êxito não me refiro só ao triplete mas a um modelo de futebol que, entendo eu, podia ser referência para todos. A combinação em campo do talento dos de fora com os de casa revelou-se boa, graças aos troféus. [Mas] o estilo de futebol, valente, decidido, ofensivo já é proposta do Barça há 20 anos», salienta o ex-número 14.
Cruijff aproveitou ainda para lançar críticas à FIFA quanto ao calendário de jogos. «Quase 70 jogos em 42 semanas é de loucos. [O ideal para cada equipa é] ter um elemento extra por cada posição. É o indicado para manter a concorrência e fazer com que ninguém durma. Com o calendário tão largo e a possibilidade de ir comprando jogadores corre-se o perigo de colocar demasiados futebolistas no balneário, o que é sempre mais difícil de lidar», alerta.