O Presidente da República disse este sábado que um novo confinamento geral é a forma mais eficaz de travar no imediato a escalada nos números da pandemia de covid-19 em Portugal.

«Não há alternativa ao confinamento geral», admitiu Marcelo Rebelo d Sousa durante o debate com Ana Gomes para as eleições presidenciais.

O chefe de Estado admitiu que a abertura dada no Natal aos portugueses não funcionou e que isso é provado pelo considerável aumento de casos e de mortes nos últimos dias. «A decisão teve o efeito que teve. O pacto de confiança com os portugueses não funcionou. Assumo essa responsabilidade», disse, lembrando porém que todos os partidos concordaram com o alívio das restrições na época festiva.

Já neste sábado, a ministra da Presidência anunciou que que em breve serão anunciados os moldes de um novo confinamento não muito diferente do adotado no início da pandemia.

«Faremos um confinamento muito próximo do que existiu em março e abril. Não fecharemos nada que não tenha sido fechado. A agricultura, a indústria, a distribuição continuará a funcionar, de modo a garantir também que nada do que são os bens essenciais faltem», disse Mariana Vieira da Silva, que remeteu mais pormenores sobre as medidas para a próxima semana.