José Couceiro lembra que vencer em Braga «não garante título», mas que os jogadores têm de ter essa ambição, «esse orgulho». O treinador do Sporting fala na meta possível, reconhece que «ficar em terceiro já é mau, porque havia o objectivo de terminar em primeiro», e atira que para a próxima época o «objectivo deve ser encurtar distâncias para os primeiros».

«Quando coloquei a fasquia no terceiro lugar foi no sentido de motivar e provocar orgulho da equipa. Estávamos a atravessar um período conturbado, tinham saído o presidente, o director-desportivo, o treinador e o Liedson. Estávamos há oito jogos sem vencer, o que é muito mau. Tínhamos de fazer alguma coisa para que a equipa reagisse. Um clube com a dimensão do Sporting não pode ficar satisfeito com esta classificação. Sendo terceiro a 36 pontos do primeiro é mau, não adianta esconder as coisas. Temos de ser realistas, perceber o que está mal, o que correu mal, sobretudo a partir de Janeiro, e não repetir erros. Há coisas que se ganham nos momentos negativos, não é ganhar uma equipa como se diz, é perceber o que se fez mal e corrigir essas decisões», assinalou.

Couceiro tomou também o pulso ao balneário, bombardeado constantemente com notícias sobre entradas e saídas: «Quando uma equipa está neste momento a 36 pontos é porque se cometeram erros graves e não só no planeamento. Passámos por um processo pesado que teve a demissão do presidente e o recurso a eleições, que são sempre situações difíceis de gerir. Foram erros com muita gravidade, que não podemos repetir. Depois, nos jogos, houve decisões nossas de planeamento e de decisões que também existem. Desde o início que sentimos que o plantel sente estas notícias, que são normais quando há um processo eleitoral. É impossível nesta situação este ambiente não existir.»

No que diz respeito ao último jogo da época, o técnico está consciente das dificuldades que o rival vai colocar à sua equipa. «O Sp. Braga fez uma segunda volta muito boa e chegou à final da Liga Europa. Está motivada e é uma equipa muito forte. Não temos outra alternativa do que fazer tudo para ganhar o jogo. O encontro com o V. Setúbal passou, perdemos, sabemos o que fizemos de mal e agora temos de fazer tudo para chegarmos a Braga. Independentemente do que acontecesse com o V. Setúbal sabíamos que era em Braga que tudo se iria decidir», comentou.