Chelsea pode apostar num central com 55 anos...

José Mourinho não pára de surpreender. Depois do empate sem golos com o Aston Villa, e da lesão sofrida pelo internacional holandês Boulahrouz, o técnico português assume que a sua equipa não tem neste momento opções válidas para a posição de central. Como Ricardo Carvalho vai ter de cumprir um jogo de castigo, a 10 de Janeiro, no jogo da Taça da Liga com o Wycombe, Mourinho admite, em tom de brincadeira, recorrer ao seu adjunto, Baltemar Brito para o lugar. O facto de Brito ter 55 anos e já não jogar futebol profissional há duas décadas é, para Mourinho, menos grave do que os «preços loucos» que os clubes reclamam no mercado de transferências.
«Tenho repetido que é óbvia a nossa necessidade de mais um defesa. Começámos a época só com três centrais e neste momento só temos um, que ainda por cima não vai poder jogar com o Wycombe. Mas garanto-vos que face à realidade do mercado inglês prefiro jogar com o Brito a central do que pagar as quantias loucas que algumas pessoas esperam», afirmou ao ser confrontado com a eventual contratação de Micah Richards, defesa do Manchester City, alegadamente avaliado em 27 milhões de euros pelo seu clube.
«Nem sequer abordámos qualquer clube, porque basta a suspeita de que precisamos de um central para as pessoas começarem a pensar que somos estúpidos», afirmou o técnico português, que assumiu parte das responsabilidades pelos problemas agora sentidos pela equipa: «Quando o Gallas saiu no último dia de mercado não tivemos tempo para o substituir. Foram circunstâncias difíceis, mas o clube tinha a responsabilidade de fazê-lo e eu sou parte do clube», admitiu.
Falando concretamente do empate cedido diante do Aston Villa Mourinho veio, desta vez, defender a atitude dos seus jogadores, a quem não poupara críticas no último sábado: «Acho que eles responderam às críticas, foram compactos, sólidos e toda a gente fez o que devia. Merecíamos mais do que um ponto. Mas o mais importante foi a atitude da equipa e o facto de fecharmos este ciclo com seis pontos de atraso não é um drama», concluiu Mourinho.