O advogado da União de Leiria, Paulo Samagaio, requereu esta segunda-feira a nulidade do contrato celebrado entre o clube e o empresário António Barradas, agente responsável pela transferência de Maciel para o F.C. Porto. No julgamento a decorrer na 4ª vara cível do Palácio da Justiça, António Barradas exige uma indemnização de 1,5 milhões de euros à União de Leiria pela transferência de Maciel para o FC Porto, por considerar que possuía 30 por cento do passe do jogador.
O julgamento recomeçou esta manhã, após uma tentativa de acordo falhada a 8 de Março. Na acareação entre Pinto da Costa, João Bartolomeu (presidente do Leiria) e o empresário Jorge Baidek, ficou esclarecido para a juíza Octávia Viegas que o agente de jogadores não esteve nas reuniões entre as duas SAD¿s, mas que «fez diligências para ele (Maciel) ingressar e se interessar pelo FC Porto».
No final, Paulo Samagaio requereu a nulidade do contrato celebrado entre a União e António Barradas, defendendo que a um dirigente «está vedado o acto de empresário desportivo». Isto porque Barradas era na altura presidente do Deportivo de Badajoz e que por isso não poderia ter assinado um contrato desportivo. Esta situação foi contestada pelo causídico de Barradas, que sustentou a opinião dizendo que «Tribunal veio julgar improcedentes as excepções invocadas e veio declarar totalmente válido o referido contrato».

A sessão prosseguirá hoje até ao final da tarde, com a audição de mais testemunhas.