O U. Leiria e o empresário António Barradas não chegaram a acordo em relação ao «caso Maciel», julgamento sobre a transferência do brasileiro para o F.C. Porto. O advogado Carlos do Paulo explicou que «havia acordo em todos os pressupostos», mas que os responsáveis leirienses modificaram o conteúdo do que estava acordado. «Não era, nem de perto nem de longe, o que tinha sido acordado entre os mandatários das partes», apontou.
Os leirienses não apresentaram uma garantia bancária credível, disse o advogado, pelo que não se reuniram as condições necessárias para resolver a questão: «Não houve acordo porque o U. Leiria não apresentou formalmente garantias de pagamento credíveis, em termos relacionados com a garantia bancária e a fórmula que essa garantia bancária teria. Não realizámos o acordo por falta desse pressuposto essencialíssimo para nós.»
António Barradas exige uma indemnização no valor de 1,5 milhões de euros pela transferência de Maciel para o F.C. Porto, no início de 2004.
Carlos do Paulo apontou que o acordo só foi possível devido à acção do presidente do F.C. Porto, Pinto da Costa, que na sessão marcada para hoje tinha uma acareação com João Bartolomeu, presidente do U. Leiria, e com o empresário Jorge Baidek. Entretanto, a sessão foi cancelada uma vez que estava à vista o acordo, mas, depois do que se passou, o advogado diz que «a acareação não está afastada» e que «continua marcada para dia 26», na quarta vara do Tribunal Cível de Lisboa.
A sessão estava marcada para as 14 horas, mas foi adiada para as 16, a pedido de ambas as partes para tentarem um acordo. O resultado final previa que António Barradas receberia uma primeira tranche de 500 mil euros, uma segunda de 150 mil e que ficaria com direito a 50 por cento sobre uma futura transferência de Maciel.
Paulo Samagaio, representante do U. Leiria, não quis explicar o que falhou, mas deixou em aberto a possibilidade de ainda existir acordo, uma vez que há «um comprometimento das partes para tentarem obter uma solução consensual do litígio» no dia 16.