O profissionalismo inerente à participação na Liga de Honra é a principal preocupação do Carregado, equipa que a par do Penafiel, foi convidada a disputar o segundo escalão, na sequência das vagas deixadas pela subida do Belenenses e da desclassificação do Vizela.
«Vamos tentar adaptar os treinos ao profissionalismo, porque, caso contrário, o clube sairá prejudicado numa competição destas. Temos todos de ter bom senso. Se os jogadores trabalharem e não poderem acompanhar o barco têm de perceber que não têm condições para permanecer», defendeu o técnico João Sousa (ex-Pinhalnovense), nesta segunda-feira, citado pela Agência Lusa.
«Apanhado desprevenido» com esta promoção à Honra, que, ainda assim, espera não ser apenas «uma passagem», o treinador vai ter de convencer os 21 jogadores para a nova época (16 renovações e cinco aquisições) a dedicarem-se em exclusividade ao futebol. «Oito ou nove já manifestaram interesse em avançar para o profissionalismo», contou.
«O clube não pode sair deste rumo do profissionalismo que está a tomar. Vou procurar fazer esta transição de forma equilibrada, mas caberá sempre à direcção a última palavra», explicou, ainda, João Sousa, admitindo que o plantel «poderá ficar reduzido», durante os treinos bidiários que vai implementar a partir desta terça-feira.
«Este campeonato não tem nada a ver com a II Divisão. Se mantivéssemos o mesmo ritmo iríamos estar em inferioridade para com as outras equipas e isso seria desmotivador para os jogadores e para o clube», concluiu o técnico.
Também o presidente do Carregado, Ramiro Rodrigues, reconheceu que a transição «será complicada» e necessita ainda de reajustes. A reunião prevista com o homólogo do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi adiada para esta terça-feira e o objectivo da mesma passa por garantir o empréstimo de jogadores.