Calado já é jogador do Poli Ejido, clube que representou na última época por empréstimo. Agora, chega ao clube da II liga espanhola a título definitivo, depois de ter rescindido com o Bétis, e assinou por três temporadas. Está satisfeito, garante, apesar de ter rejeitado outras ofertas, como a do primodivisionário Numancia.
«Acabei por chegar a acordo com o Bétis. Era para ir para o Numancia da primeira divisão, mas a equipa onde eu estava, o Poli Ejido, fez um esforço financeiro enorme e conseguiu superar as ofertas dos clubes da primeira divisão. Além disso, são pessoas sérias e acabei por decidir ficar onde estava e fazer um contrato de três anos», começou por dizer.
O antigo jogador do Benfica diz que os sevilhanos não colocaram grandes entraves à sua saída: «Foi fácil, o Bétis não pôs grandes problemas. Pagaram-me o dinheiro que tinha por receber. Ainda por cima restavam-me mais dois anos de contrato com ordenados muito elevados e convinha também ao clube não ter de pagar essa verba a um jogador que não ficava no clube. Assim, rescindi e assinei pelo clube onde estava, renunciando as duas equipas da primeira que me queriam lá.»
A opção, diz, foi por um ambiente familiar que já conhecia. «Para mim, esta decisão já não foi tanto pelo dinheiro foi mais pelo meu bem-estar e do da minha familia, já que tenho uma filha de um mês e estou num sitio que tem calor e é bom para o desenvolvimento dela», lembrou.
Calado vai reencontrar amigos: «A curto prazo os objectivos desportivos passam por ir para um clube onde fui bem recebido e onde acima de tudo as pessoas são como familia. Todas fazem parte do meu grupo de amigos pela seriedade que sempre tiveram. Vou tentar retribuir a nível desportivo tudo o que têm feito por mim. E depois, é claro, se para o ano as coisas correrem bem como correram este ano e tiver clubes de primeira como tenho agora e que realmente façam uma oferta que não possa recusar, falarei com a minha equipa e de certeza que não vou ter problemas caso queira mudar de ares. Agora só quero ir trabalhar. Espero que as coisas me corram tão bem como correram até aqui. Se nós pensarmos bem, tenho trinta anos. Daqui por três anos terei trinta e três. Durante estes três próximos anos será um descanso para a minha cabeça. Sei que tenho contrato assinado, que estou num sitio onde sou querido e onde a nossa familia se sente bem. Depois, a partir daí, tudo o que venha virá por acréscimo.»