A Portuguesa dos Desportos ganhou um aliado de peso na sua luta para fugir à crise financeira e regressar ao primeiro escalão do futebol brasileiro: o apoio das padarias de São Paulo, muitas delas detidas por empresários portugueses. «É o PPP, Padarias Pró-Portuguesa», explicou Antero Pereira, brasileiro de origem portuguesa que lidera o movimento formado pelo sindicato e pela associação das panificadoras paulistas (Sindipan e Aipan).
Até ao momento, mais de cinquenta padarias aderiram à causa, mas Antero Pereira considera que o movimento tem espaço para ganhar maior dimensão. «É pouco ainda, já que temos 4 mil panificadoras em São Paulo», destacou o dirigente que é adepto da Portuguesa desde 1968, desde que chegou ao Brasil com apenas catorze anos. O objectivo é que cada padaria contribua com uma quantia para formar um prémio que estimule os jogadores na luta pela promoção.
«Mas vamos pagar independentemente se a Portuguesa subir ou não. Sabemos dos problemas do clube e vamos ajudar financeiramente, para que a Lusa voltar a ser um dos maiores de São Paulo», contou ainda Antero Pereira. O acordo com o clube faculta às padarias que aderirem ao movimento um kit da Portuguesa que inclui uma camisola, um DVD, um porta-chaves e um diploma de «torcedor oficial».
A Portuguesa está a um curto passo de voltar a disputar o Brasileirão, desde que foi despromovida em 2002, ocupando o segundo lugar, atrás do Coritiba, na II Divisão.