Carlos Bossio, guarda-redes argentino que passou pelo Benfica sem grande sucesso, tem actualmente 35 anos e ainda joga no escalão principal do seu país. Carlos faz parte do plantel do Lanús, onde é titular e guarda a baliza de um dos líderes do campeonato argentino. Em entrevista ao diário Olé, publicada esta quarta-feira, Bossio faz algumas revelações curiosas.
Começando pelo facto da posição de guarda-redes ser, nas palavras do próprio, «lixada», Bossio defende que não é uma estrela, mas também não é tão mau quanto já o pintaram. «Não sou melhor nem pior do que já fui. Tenho mais experiência, o que serve de muito, soluciona coisas. É o melhor que tenho enquanto guarda-redes. Por outro lado, não tenho as pernas nem os braços de há quinze anos. Nunca fui um guarda-redes vistoso, sou tranquilo, mais sombrio», explica o argentino.
A memória que prevalece em Portugal é de um guarda-redes alto mas inseguro e capaz dos mais incríveis frangos. Bossio defende a honra. «Não creio que seja por distracções, considero que há fatalidades. Sou um guarda-redes sem sorte. Cada golo estúpido que sofro faz com que me queira matar, mesmo que a idade me ajude a lidar com isso. No entanto, não conheço nenhum guarda-redes que não sofra golos tontos¿», justifica.
Apesar da longa carreira, com passagens pelo Belgrano, Estudiantes, Benfica, Vit.Setúbal e Lanús, Bossio ainda não pensa em pendurar as luvas. «Adoro treinar-me e quero continuar. Também me pergunto até quando vou jogar, mas ainda não tenho resposta», confessou o argentino.