Elpídio Silva é um nome comum a Boavista e Sp. de Braga. O avançado brasileiro chegou a Portugal em 1998/99 para representar a formação minhota e não demorou a justificar a escolha arsenalista, mas foi ao serviço das panteras que atingiu o marco mais alto da sua carreira, sagrando-se campeão nacional em 2001/02. Em véspera do encontro que coloca frente-a-frente as duas equipas, o avançado brasileiro destaca a importância que estes emblemas têm tido na valorização do campeonato português e deixa um desejo: «Espero que possam lutar pelo título».
Marcou 16 golos em 32 jogos no seu primeiro ano na Cidade dos Arcebispos, uma marca que não mais conseguiu atingir em Portugal, mas a grande glória seria atingida dois anos depois. Transferiu-se para o Boavista e os seus 11 golos ajudaram a equipa de Jaime Pacheco a conquistar um título inédito e inesquecível. «Claro que guardo boas memórias das duas equipas. Estarei sempre agradecido ao Braga por me ter aberto as portas da Europa, mas foi no Boavista que me sagrei campeão e isso é inigualável», afirmou Silva ao Maisfutebol, antes de abordar o encontro deste sábado. Apesar de admitir que não acompanha com muita atenção a Liga portuguesa, está a par das excelentes campanhas realizadas pelas equipas de Carlos Brito e Jesualdo Ferreira.
«O Boavista demorou um pouco a atingir o nível a que nos tem habituado, mas as sete vitórias consecutivas dão muito moral e tem grandes hipóteses de se manter na discussão pelos lugares de topo. O Braga não é uma surpresa: tem feito boas campanhas nos últimos três anos e o seu treinador consegue unir o grupo como ninguém», referiu Silva para quem estes dois emblemas podem, e devem, intrometer-se entre os três grandes: «O Boavista e o Braga valorizam imenso o futebol português, porque é bom que a luta pelo título se alargue até ao quinto classificado. Espero que daqui para a frente se possam assumir como verdadeiros candidatos ao título».
Silva esteve presente em muitos duelos entre estas duas equipas, marcou alguns golos, mas, curiosamente, os que melhor recorda remontam à época 2000/01, quando envergava a camisola axadrezada: «Foi o ano do título e, por incrível que pareça, o Braga foi a única equipa que nos conseguiu ganhar¿ por duas vezes». Depois de mais duas épocas no Bessa, o brasileiro transferiu-se para o Sporting onde nunca se conseguiu impor (cinco golos em 27 jogos em 2003/04), tendo sido emprestado ao Guimarães na época passada, onde assinou sete tentos em 23 partidas.
Desempregado... por opção
Regressou a Alvalade no passado defeso, mas nada se alterou. Continuou longe das primeiras opções e, em Dezembro, rescindiu com os leões, rumando ao Derby County, do segundo escalão inglês, onde não teve uma boa experiência. «Rescindi com o Derby County por opção minha, uma vez que o treinador que me tinha contratado saiu pouco tempo depois», lembrou Silva que, neste momento, estuda as melhores opções para a sua carreira: «Tenho boas perspectivas no Brasil e no Japão e vou estudar a melhor hipótese para a minha carreira. Claro que dou preferência a um clube europeu, mas não quero estar parado até ao próximo Verão», acrescentou o brasileiro que já recebeu uma proposta de um clube gaulês com vista à próxima temporada.