Carlos Brito passou esta manhã pelo estádio do Bessa, num ritual que cumpriu pela última vez. O Boavista tinha uma sessão de trabalho agendada para esta manhã, para as 10.30 horas, mas já se sabia que não iria ser orientada pelo treinador, que ontem chegou a acordo com a direcção axadrezada para rescindir contrato. Carlos Brito chegou então ao estádio por volta das dez horas e entrou directamente para a zona dos balneários. Lá dentro esteve à conversa com jogadores e funcionários ligados ao futebol profissional.
Fez as despedidas e falou com o grupo durante cerca de vinte minutos. Também por isso o treino acabou por começar mais tarde do que o que estava inicialmente previsto. Eram cerca das 10.50 horas quando os jogadores apareceram no campo de treinos para trabalhar, já sob a orientação de Pedro Barny. O antigo central axadrezado, que já estava no Boavista antes da chegada de Carlos Brito, vai manter-se no clube e assume para já o comando técnico da equipa nesta fase de transição até se encontrar um novo treinador.
Carlos Brito manteve-se no interior do estádio cerca de mais uma hora e meia, arrumou os seus pertences e abandonou o recinto axadrezado por volta das 12.15 horas. Fê-lo na companhia dos seus adjuntos (Lúcio e o prof. José Manuel), sem falar aos jornalistas. A falar ao telemóvel e com um ar de distância, o treinador nem sequer cumprimentou que estava por ali. Foi a despedida do Bessa. Do estádio e do clube. Ainda esta semana, porém, Carlos Brito deve voltar a juntar-se com o grupo de trabalho à mesa de um restaurante para um jantar de confraternização que deve representar a última despedida dos jogadores que o acompanharam esta temporada.