O dirigente Mohammed bin Hamman, do Qatar, ganhou o apelo contra a irradiação do futebol por alegadamente ter comprado votos na corrida contra Joseph Blatter para a presidência da FIFA.
O Tribunal Arbitral do Desporto, na Suíça, anulou, por falta de provas, a suspensão decretada pela FIFA ¿ ainda assim, não se manifesta convencida de que o dirigente de 63 anos seja inocente quanto à corrupção.
Dirigentes de Trinidad e Tobago denunciaram uma oferta de cerca de 32.500 euros por parte de Bin Hamman, durante uma visita em campanha em maio de 2011.
Bim Hamman negou quaisquer irregularidades, alegando que o suíço Blatter ajudou a orquestrar o escândalo para garantir a vitória nas eleições, consumada dias depois.
Em reação à sentença, a FIFA lembra que o veredicto do TAS «não provou a sua inocência» e que «é mais provável que o apelante (Bin Hamman) tenha sido a fonte dos dinheiros levados para Trinidad e Tobago e eventualmente distribuídos na reunião» da Confederação Caribenha de Futebol, a 10 e 11 de maio de 2011.
Além disso, na sua conclusão, o painel do TAS diz que «a FIFA estava em processo de reforma do seu Comité de Ética e que, na evidência de factos novos descobertos relativamente a este caso, seria possível reabri-lo, a fim de completar o quadro factual de forma adequada e perceber se o senhor Bin Hammam cometeu alguma violação ao Código de Ética da FIFA».
Bin Hamman vai enfrentar agora recentes acusações de suborno feitas pela Confederação Asiática de Futebol (AFC), que o suspendeu por 30 dias (a FIFA estendeu a pena a nível mundial e válida até à conclusão do caso), após uma auditoria interna feita por uma empresa multinacional durante quase um ano ter revelado irregularidades financeiras envolvendo o dirigente do Qatar.
O antigo presidente da Confederação Asiática de Futebol é suspeito de suborno, conflito de interesses e de ilegalmente ter «aceitado presentes e benefícios», além de «irregularidades na execução de certos contratos» e adulteração das contas bancárias da confederação.