Um.

Parece tão pouco, mas há tanta coisa que se pode fazer com um simples número. Mesmo que o mais pequeno de todos.

Num dia simbólico, em que o Estádio da Luz recebeu o espectador um milhão da época, o Benfica ganhou, reforçou o primeiro lugar da Liga e Gonçalo Ramos colocou-se no primeiro lugar da lista de melhores marcadores do campeonato, com 15 golos. Mais um do que João Mário.

Depois, faltou um. Um outro golo. Para o Benfica alcançar outra marca que procurava nesta sexta-feira: chegar aos 100 golos na época. Uma centena. Fica a faltar um.

Mas mais importante do que isso, num jogo em Roger Schmidt não pôde estar no banco, era voltar a pressionar o FC Porto. E os dragões vão entrar em campo neste sábado a 11 pontos do Benfica.

Tudo isto, num jogo e que o Benfica que voltou a ficar longe de uma grande exibição. Fez quanto baste. Mas no qual o Famalicão nunca conseguiu colocar as águias em apertos.

Os encarnados voltaram a precisar da inspiração de Grimaldo, o lateral espanhol criou os dois golos, e Gonçalo Ramos voltou a ser eficaz quando a equipa mais precisou. Marcou a meio da primeira parte e voltou a fazê-lo já nos descontos do segundo tempo.

Na primeira parte, as águias não aceleraram muito. Na segunda controlaram o ritmo, mas de forma mais perigosa. Geriram com bola, Gonçalo Ramos obrigou Luíz Júnior a grande defesa e Rafa acertou na trave.

E não se viu muito mais do que isso. A gestão do Benfica e incapacidade para ameaçar do Famalicão.

Até Gonçalo Ramos tranquilizar de vez a Luz com o segundo golo já nos descontos, após um remate «venenoso» de Grimaldo que o guarda-redes do Famalicão só conseguiu sacudir para a frente.

E com um golo – o segundo – quase se estragou também esta crónica. Mas quanto são dois, senão um mais um?