A figura: Cardozo

A mira anda afinada, já se sabe, e com a carreira de tiro colocada a onze metros fica mais fácil picar o ponto. Falhou um dos penalties (aquele que tentou converter com um pouco mais de força), mas com os dois outros garantiu um triunfo tão polémico quanto importante. Continua a dividir os adeptos, mas insiste também em arrecadar pontos, seja de forma mais ou menos vistosa.

A desilusão: NDiaye

Mostrou, uma vez mais, que o potencial é proporcional à ingenuidade. Tem condições para ser um bom central, mas teima em cometer erros absolutamente infantis, como aquele que dá origem ao primeiro golo (e penalty) do Benfica. Acaba depois por ser prejudicado por uma má decisão de Duarte Gomes, na terceira grande penalidade, mas importa referir que na génese do lance perde a posição para Cardozo de forma amadora.

O caso: minuto 45

Não há erros maiores ou menores, mas é o lance do terceiro penalty assinalado a favor do Benfica que acaba por ter mais peso no jogo. Duarte Gomes estava muito perto do lance, mas confundiu a cabeça de Ndiaye com a mão, e permitiu que Óscar Cardozo, mesmo à beira do intervalo, desse uma vantagem mais folgada ao Benfica.

Outros destaques:

Maxi Pereira

Uma exibição à Maxi Pereira, é o maior elogio que se pode fazer. Apresentou problemas físicos ao longo da semana, que chegaram até a colocar em causa a sua utilização neste jogo, mas não só assinou a folha de presenças como ainda conseguiu mais uma nota claramente positiva. Com Gaitán a fugir muito do flanco direito, o uruguaio foi mais extremo do que lateral. Procurou incessantemente o desequilíbrio, percebendo os momentos de maior apatia da equipa.

Gaitán

Tirando algumas perdas de bola desnecessárias, rubricou uma exibição superior às últimas. Divide com Maxi Pereira os louros das melhores combinações ofensivas do Benfica, sobretudo pelo flanco direito. Faltou foi alguma inspiração na definição final das jogadas.

El Adoua

A exibição fica (também) associada a um dos penalties assinalados a favor do Benfica, é certo, mas foi sempre o elemento mais sólido da equipa vimaranense. Discreto mas muito eficaz na redução do espaço a Witsel, teve também capacidade para conduzir algumas transições rápidas para o ataque.

Nuno Assis

A sua entrada em cena, ao minuto 57, teve influência indiscutível na reacção vimaranense. Bastaram poucos segundos para ver a equipa visitante começar a trocar a bola, como não tinha feito até então. O Vitória volta a ter um «10», algo de que andava órfão há muito tempo.