Benfica-Sp. Braga, 2-2 (destaques das águias)

A figura: Salvio

Que regresso! Joga de olhos fechados no Benfica. Nem precisou de qualquer minuto na pré-temporada para Jesus o lançar no onze e deixou o treinador à margem de qualquer crítica sobre essa opção com o desempenho que teve. Claro que há ainda companheiros que não o conhecem bem, como Rodrigo ou Witsel, mas o argentino deixa a pele em campo e o ar que respira sobre o relvado da Luz enche-o de uma confiança que muitas vezes não teve em Madrid. No primeiro tempo, foi simplesmente o melhor do Benfica. Aliás, foi ele que começou por puxar a equipa para a frente, com a primeira ocasião para os encarnados e, para culminar um regresso com estrondo, apareceu na área a fazer o 1-0. Na primeira passagem pelo Benfica, o argentino mostrou golo, para além do desequilíbrio que provoca na ala. Foi a Madrid, voltou e continua o mesmo. Para o Benfica é uma boa notícia.

O momento: minuto 73

É o minuto de que se vai falar, quando se abordar este Benfica-Sp. Braga. Os encarnados perdiam por 1-2 e Artur Soares Dias assinalou grande penalidade por mão de um bracarense. Por mão de Douglão, no entender do árbitro, por mão de Custódio viu-se nas imagens. O brasileiro viu segundo cartão amarelo, o Sp. Braga ficou reduzido a dez e Cardozo não desperdiçou.

Destaques do Sp. Braga

Outros destaques

Rodrigo

Com o hispano-brasiliro tem de ser pelas contas. Rodrigo parceeu longe da melhor forma, poucas coisas pareciam sair-lhe bem no início. Mas vamos então à contabilidade: ocasião de Salvio, passe de Rodrigo; oportunidade de Bruno César, simulação do camisola 19; golo do Benfica,cruzamento de Rodrigo. Afinal, no somatório, Rodrigo saiu com nota positiva, porque para além disso pressionou e muito a defesa, sobretudo Douglão. E o central tremeu várias vezes.

Witsel

Médio construtor, nesta noite sem Aimar ou Carlos Martins. Teve de ajudar imenso Javi Garcia e ainda lançar a ofensiva. Fez o que pôde, e o que fez, fez bem. O problema foi a falta de alguem mais à frente que conseguisse transportar melhor a bola. O belga empresta qualidade técnica, força de vontade e sabe ler ojogo nos dois processos, ataque e defesa. Na Luz, com o Sp. Braga, tentou rendilhar o Benfica no ataque.

Melgarejo

Um jogo para esquecer! Vamos por partes. A primeira até nem lhe correu mal, fez pela vida, irritou-se com ele própria a cada lance que não lhe corria bem. No segundo tempo, um desastre total. Marcou o autogolo com que o Sp. Braga empatou e depois aliviou mal, muito mal, para os pés de Alan, na origem do 1-2. Fica a questão: alguém mais rotinado na defesa cometia aqueles dois erros? A opção é de Jesus.