A distância para o topo da tabela não encurta, mas de sorriso amarelo o Benfica vai cumprindo o papel que lhe resta. O triunfo sobre o Nacional representa uma marca que nem o líder conseguiu, na actual temporada. São sete triunfos consecutivos que simbolizam o melhor Benfica da época, estabilizado sobretudo com o crescimento de Gaitán e o aparecimento deste Salvio, mas também com o regresso de Cardozo e o reaparecimento de Saviola.

Esta é uma fase feliz da equipa de Jorge Jesus, mas a diferença para o líder não permite grandes comemorações. E a intranquilidade apresentada no segundo tempo, permitindo uma reacção do Nacional, não deixa de tirar algum brilho a uma vitória justa.

Destaques do Benfica-Nacional

O Nacional até estava sem perder há quatro jogos, e foi mesmo a primeira equipa a criar perigo na Luz. O irreverente Diego Barcellos aqueceu as mãos de Roberto com um remate traiçoeiro, logo aos três minutos. Só que o Benfica vincou as diferença logo depois, ao conseguir marcar não no primeiro remate, mas na recarga ao mesmo. Salvio furou o caminho para a área (com penalty?), Saviola rematou para defesa de Bracalli e Gaitán festejou (8m).

Em vantagem no marcador, como mais convém ao seu estilo de jogo, o Benfica soltou-se, com Aimar, Salvio e Gaitán muito endiabrados. O camisola 10 esteve também envolvido na jogada do tento inaugural, e ao minuto 20 fez a assistência de Sidnei, na cobrança de um canto.

O Nacional só recuperou os bons sinais do início de jogo à beira do intervalo. Danielson esteve muito perto de marcar a um minuto do descanso, mas cabeceou à malha lateral, na sequência de um livre de Skolnik.

Estranha intranquilidade

O golo de Óscar Cardozo, no início da segunda parte (51m), parecia deixar o jogo sentenciado, mas a indefinição no marcador permaneceria até final. O Benfica até permaneceu mais algum tempo instalado na área contrária, a «cheirar» o quarto golo, só que o Nacional, que a dada altura já pouco incomodava, conseguiu marcar de bola parada, por intermédio de Luís Alberto (76m).

Estranhamente, o golo intranquilizou a equipa do Benfica. Anselmo surgiu isolado logo de seguida, permitindo a defesa de Roberto, mas o segundo golo apareceria mesmo a cinco minutos do fim, com o avançado português a assistir Mihelic de cabeça.

O nervosismo misturou-se com o frio, na Luz, e só foi afastado a dois minutos do fim, quando Franco Jara, lançado no decorrer do segundo tempo, sentenciou o encontro com o quarto golo do Benfica.