Michael Manniche foi o herói do Benfica na vitória sobre o F.C. Porto (3-1) na final da Taça de 1985, marcando dois golos que permitiram aos encarnados um final feliz de uma época triste. A equipa das Antas tinha vencido o campeonato, a Supertaça e, pior do que isso, tinha vencido os últimos cinco jogos com a equipa da Luz.
Nessa tarde de 10 de Junho, quando já poucos acreditavam na equipa de Pal Csernai, o «gigante» dinamarquês devolveu a esperança e a alegria com dois golos que entusiasmaram as bancadas vermelhas do Jamor. Deu maior expressão ao primeiro golo de Nunes, com um remate de belo efeito aos 33 minutos e voltou a marcar no início do segundo tempo na transformação de uma grande penalidade.
Chegou à Luz pela mão de Eriksson e foi muitas vezes incompreendido, uma vez que não tinha os mesmo argumentos técnicos do que Nené e Filipovic, mas acabou por se impor na equipa pela sua entrega e capacidade de desmarcação. Nesta época, realizou 36 jogos e marcou 28 golos.
Apesar de muitas críticas, o gigante dinamarquês teve uma passagem bem sucedida pela Luz, somando 132 jogos e marcando 75 golos. Foi duas vezes campeão nacional e conquistou três Taças de Portugal. A verdade é que deixou o Benfica melhor jogador do que quando chegou e ainda foi onze vezes internacional pela Dinamarca.